Cidade da Praia, 28 Nov (Inforpress) – O escritor e poeta Jorge Carlos Fonseca manifestou-se, esta sexta-feira, honrado por receber o prémio literário Guerra Junqueiro 2020, distinção que, segundo afirmou, invoca uma das figuras mais relevantes da literatura portuguesa no século XIX.
O também Presidente da República de Cabo Verde falava durante a cerimónia de entrega do prémio que aconteceu na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, com o apoio da Academia Cabo-Verdiana de Letras (ACL), da Sociedade Cabo-Verdiana de Autores (SOCA) e do Instituto Camões.
“É uma grande honra receber um prémio que invoca uma das figuras mais relevantes da literatura portuguesa no século XIX, Guerra Junqueiro”, disse Jorge Carlos Fonseca classificando o patrono da distinção como “poeta, político, jornalista, figura atenta aos acontecimentos do seu tempo e grande republicano, empenhado no progresso político e social de Portugal”.
Ainda nas suas declarações, o distinguido afirmou que, ao longo do tempo, os navegadores dessas águas sulcadas pela poesia, pela prosa e pela intervenção política, sempre procuraram o seu equilíbrio no desdobramento dos apelos que resultam de uma paixão pelas letras e pelo bem público.
Olhando para Cabo Verde, disse, o quotidiano das suas gentes, suas ansiedades, seus sonhos, temores e alegrias têm sido escritos por poetas e prosadores, cantados igualmente na poesia oral das nossas mornas.
“Esta corrente narrativa de sentimentos e paixão desmensurada pela terra produziu um corpo poético, qual mal de viagem invisível que cada um transporta consigo pelos quatro cantos do mundo”, completou.
O Prémio Literário Guerra Junqueiro é promovido no âmbito do Freixo Festival Internacional de Literatura (FFIL) que se realiza desde 2017, em Freixo de Espada à Cinta, Bragança, norte de Portugal.
O primeiro prémio foi atribuído a Manuel Alegre, seguindo-se Nuno Júdice, em 2018, José Jorge Letria em 2019 e em 2020 o prémio foi entregue a Jorge Carlos Fonseca.
GSF/HF
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