Líderes sindicais explicam ao grupo parlamentar do PAICV a razão da manifestação dos trabalhadores (c/áudio)

Cidade da Praia, 20 Dez (Inforpress) – Um grupo de sindicatos de Santiago encontrou-se hoje com uma delegação parlamentar do PAICV (oposição), para a informar sobre a justeza da manifestação nacional dos trabalhadores prevista para 13 de Janeiro próximo, Dia da Liberdade e Democracia.

“O que queremos é o apoio da sociedade civil, das ONG, no sentido de apoiarem a manifestação programada para Janeiro de 2020, tendo em conta as dificuldades por que passam, neste momento, os trabalhadores”, disse Eliseu Tavares, porta-voz do grupo, acrescentando que pretendem que as manifestações não sejam apenas dos sindicatos, mas também dos trabalhadores de Cabo Verde.

O presidente do Sindicato da Indústria, Serviço, Indústria, Agricultura e Pesca (SISCAP), um dos promotores da manifestação, fez essas considerações à Inforpress à margem do encontro com a bancada parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, liderada por Rui Semedo.

O líder do SISCAP, Eliseu Tavares, adiantou, ainda, que os dirigentes sindicais  vão também pedir um encontro com o grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), que suporta o Governo no Parlamento para, também, explicar as razões da “manifestação pacífica” que tencionam promover no “Dia da Liberdade e da Democracia”.

Além de políticos, os sindicatos desejam, de acordo com Eliseu Tavares, também encontrar-se com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, e com entidades religiosas, como o cardeal Dom Arlindo Furtado, o superintendente da Igreja do Nazareno e o representante da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Da lista das entidades a serem contactadas, disse o presidente do SISCAP, consta igualmente a Plataforma das ONG.

“Os trabalhadores cabo-verdianos merecem e precisam do apoio de todos”, sublinhou o sindicalista, acrescentando que vai ser uma manifestação em que as atenções estarão viradas para as dificuldades que a classe está a passar, devido ao “não cumprimento da promessa do aumento salarial anualmente” por parte do Governo, e a “própria dificuldade que a Direcção Geral do Trabalho tem tido no seu funcionamento, “com prejuízos para os trabalhadores.

Os sindicatos querem que seja instalado um Tribunal do Trabalho na região do Barlavento.

Para Eliseu Tavares, há também problema atinente à redução da idade da reforma dos marítimos, que, segundo ele, foi acordado com o Governo, mas ainda não aconteceu, sem contar com as dificuldades por que passam os trabalhadores do sector de agricultura.

A manifestação é convocada por um grupo de 12 sindicatos que já não estão filiados na UNTC-CS, mas os promotores contam com a participação das organizações sindicais desta central sindical, assim como as da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL).

“Estamos a contar com a participação de todos os sindicatos para esta luta”, apelou o dirigente sindical.

LC/ZS

Inforpress/Fim

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