Líder da oposição diz que o povo não esperava que em três anos o país atingisse um estado de “desnorte e desgovernação”

Cidade da Praia, 27 Fev (Inforpress) – A líder da oposição, Janira Hopffer Almada, disse hoje que os cabo-verdianos não esperavam que em três anos de governação do Movimento para a Democracia (MpD) o país atingisse um “estado de desnorte, de desgovernação e de desesperança”.

“O nível de decepção do povo é exactamente proporcional às expectativas que o MpD lhes criou”, afirmou a presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), acrescentando que o partido de Ulisses Correia e Silva fez uma “campanha à esquerda para depois governar à direita”.

Para Janira Hopffer Almada, o presidente do MpD “ludibriou” os cabo-verdianos durante as campanhas eleitorais que lhe deram vitória em Março de 2016.

A líder da oposição fez essas considerações no debate mensal  no parlamento com o primeiro-ministro, cujo tema, desta feita,  foi sobre a problemática social e ambiental, agendado a pedido da União Cabo-verdiana, Independente e Democrática (UCID-oposição).

Acusou ainda o primeiro-ministro  de “atacar a governação anterior” naquilo “que  o PAICV conseguiu fazer  de melhor”, enquanto esteve a governar, além de ter atacado o “bom nome de alguns ex-governantes”, fabricando notícias com a “grande cumplicidade da televisão pública”.

Para Janira Hopffer Almada, Ulisses Correia e Silva “atacou as infra-estruturas”, edificadas pelo Governo do PAICV, alegando que o país tem estradas sem carros, aeroportos sem aviões e portos sem barcos, mas que hoje o agora primeiro-ministro está a inaugurar as obras “herdadas” do anterior executivo.

Para a líder da oposição, o chefe do executivo atacou também o “maior programa social edificado em Cabo Verde, desde a independência nacional”, ou seja, o “Programa Casa para Todos”.

“Hoje, as casas estão todas construídas e servem para o senhor as entregar às câmaras municipais e vender ao mercado”, apontou, acrescentando que se está em presença de um Governo “que não tem a sensibilidade social e não tem o rosto humano”.

Na sua perspectiva, é o mesmo Governo que vai pedir apoio à comunidade internacional para fazer face à seca e “gasta milhões em viagens”.

LC/ZS

Inforpress/Fim

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