Cidade da Praia, 07 Abr (Inforpress) – O cabeça-de-lista do MpD para a África, Orlando Dias, garantiu hoje que a campanha do seu partido está a decorrer “muito bem”, pelo que perspectiva um “bom resultado”, prometendo aumentar para 180 euros a pensão aos velhos.
“A mensagem que estamos a passar tem a ver com aquilo que fizemos. O Governo suportado pelo MpD e chefiado pelo dr. Ulisses Correia e Silva cumpriu mais de 90% os compromissos que estabeleceu com a diáspora africana”, precisou o número um da lista dos “ventoinha” para o círculo eleitoral da África.
Falando à Inforpress, a partir de S. Tomé e Príncipe, onde se encontra neste momento, Orlando Dias destacou a “duplicação da pensão” aos idosos cabo-verdianos da diáspora.
“Recebiam de três em três meses 60 euros e hoje recebem 120 euros”, sublinhou, ressaltando que, três anos depois de o Movimento para a Democracia chegar ao poder, esta pensão foi “duplicada”.
Fez saber, ainda, que o Governo do seu partido aumentou o número de pessoas idosas que recebem a pensão.
Segundo ele, uma das “grandes apostas” do executivo do MpD foi a formação de jovens descendentes nos países africanos.
Revelou que só em S. Tomé e Príncipe o Governo de Correia e Silva atribuiu “mais de 200 bolsas de estudo”, contemplando cursos de formação profissional, médio e superior.
“Há um mês, atribuímos cerca de 40 bolsas para os jovens descendentes de S. Tomé estudar em Marrocos. Também fizemos a mesma coisa em Angola, Guiné-Bissau e no Senegal, países que fazem parte da diáspora”, acrescentou.
O atendimento nas embaixadas, de acordo com o candidato, foi igualmente “melhorado”.
“Agora, a emissão de documentação nas embaixadas é mais célere”, apontou, lembrando que no Governo do PAICV “era preciso esperar um ano para tirar um passaporte”.
Admitiu que agora, “numa semana e, no máximo, duas” as pessoas têm os seus passaportes, enquanto “as certidões são emitidas na hora e o Bilhete de Identidade rapidamente”.
“Despartidarizámos todas as embaixadas da diáspora africana e, hoje, todos os cidadãos são atendidos da mesma forma e muto bem atendidos”, afiançou.
De acordo com Orlando Dias, foi atribuída a nacionalidade cabo-verdiana a centenas de jovens descendentes e “muitos deles, desta vez, vão votar”.
Acrescentou que o Governo conseguiu levar para S. Tomé e Príncipe a instituição cabo-verdiana de microcréditos denominada ASDIS, que já atribuiu “centenas de crédito” aos emigrantes para investirem na agricultura, pescas e outros negócios”.
Prometeu levar a ASDIS para o Senegal e Guiné-Bissau de modo que “os jovens descendentes possam investir e ser empreendedores”.
Na sua perspectiva, durante a legislatura que agora termina, Cabo Verde “reforçou as suas relações” com os países africanos que acolhem a diáspora cabo-verdiana.
“Pela primeira vez na historia das relações entre S. Tomé e Cabo Verde nós nomeamos um embaixador plenipotenciário”, apontou, ajuntando que de igual modo foi criada uma embaixada de S. Tomé e Príncipe na Praia, cujo chefe da representação diplomática é um “descendente de cabo-verdianos”.
Anunciou que, caso o MpD venha a ganhar as eleições do dia 18, o Governo vai abrir um consulado no Príncipe para “ajudar as pessoas” desta região autónoma.
“Estamos mais próximos dos eleitores e conhecemos melhor a sua realidade”, garantiu Orlando Dias, acrescentando que durante o mandato visitou S. Tomé e Príncipe “umas 25 ou 30 vezes”, enquanto o deputado do PAICV, Estêvão Rodrigues, esteve lá “uma ou duas vezes”.
Integram a lista do MpD para a África cinco candidatos, sendo dois efectivos e três suplentes.
Ao todo, a nível da diáspora, são eleitos seis deputados, sendo dois para a Europa e resto do mundo, dois para a África e dois para a América.
Às legislativas do dia 18 de Abril, para a eleição de 72 deputados em 13 círculos eleitorais, dos quais 10 no País e três na diáspora, concorrem seis partidos – PAICV, MpD, UCID, PTS, PSD e PP.
PAICV, MpD e UCID concorrem em todos os círculos, PP em seis círculos (Santiago Sul, Santiago Norte, Boa Vista e os três da diáspora), PTS também em seis círculos (São Vicente, Santiago Sul, Santiago Norte e os três da diáspora) e PSD em quatro círculos (Santiago Norte, Santiago Sul, América e África).
LC/CP
Inforpress/Fim