Cidade da Praia, 11 Nov (Inforpress) – A Juventude para a Democracia (JpD) classificou hoje de “demagógicos, populistas e radicais” e “sem sentido de Estado” os discursos do PAICV sobre a recusa de vistos a três jogadores da selecção nacional de andebol.
Em conferência de imprensa realizada hoje na sede do Movimento para Democracia (MpD, poder), a vice-presidente da JpD referiu que “este tipo de investida” é “uma marca” do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) e da sua liderança.
Nadine Tavares disse que não se trata de um problema de política externa de Cabo Verde, mas de procedimentos adoptados por países estrangeiros na concessão de vistos de entrada nos seus territórios, lembrando que ao longo dos 15 anos da governação do PAICV vários foram as situações de recusa de vistos a cidadãos cabo-verdianos, jovens, atletas, artistas e empresários.
“O nosso posicionamento é que o Instituto do Desporto e da Juventude deve juntamente do Centro Comum de Vistos inteirar-se do porque da situação e também ver como a resolver de raiz para que da próxima não venhamos a ter situações do tipo”, vincou, admitindo que o Governo, que esteve na condução deste processo, está a trabalhar para “evitar constrangimentos futuros”.
“Sabe muito bem que não se trata de um problema de política externa de Cabo Verde, mas de procedimentos adoptados por países estrangeiros na concessão de vistos de entrada nos seus territórios”, realçou, acrescentando que o PAICV “está a alimentar sentimentos anti-estrangeiros” com a ideia do “guardião do nacionalismo e patriotismo”.
O Governo, explicitou, interveio no sentido de se conseguir vistos favoráveis aos três atletas a quem foram recusados, no quadro do seu limite de intervenção, ao mesmo tempo que questiona se “um governo revolucionário do PAICV fizesse melhor”, vindo para a praça pública acusar o Centro Comum de Vistos de não conceder vistos e mobilizado os jovens para manifestação.
Reafirmou, entretanto, que o executivo tem apoiado e vai continuar a apoiar a selecção de Cabo Verde de andebol na sua participação histórica no Mundial de Andebol, no Egipto, tendo acusado o PAICV e a sua juventude de “intenções outras” para “atingir o poder a qualquer custo, mediante meios legítimos e ilegítimos”.
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