Cidade da Praia, 04 Set (Inforpress) – A instabilidade política no Sahel e inteligência artificial são os temas que vão dominar a reunião da Internacional Democrata do Centro África (IDC-África) a ter lugar na Praia, sob a liderança do presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva.
O evento agendado para os dias 08 e 09 do corrente mês, é, segundo o secretário-geral do Movimento para a Democracia (MpD), Luís Carlos Silva, um “marco significativo” na missão da IDC de promover a democracia, dos direitos humanos e a liberdade em África.
“A reunião de Praia é um evento de importância fundamental que congrega líderes políticos, académicos e especialistas para abordar questões críticas que afectam não apenas a nossa sub-região, mas também o continente africano como um todo e o Mundo”, disse o dirigente do MpD em conferência de imprensa hoje.
De entre outros aspectos a organização propõe durante os trabalhos analisar e expor a situação política na região do Sahel, com uma sequência de golpes de Estado que, segundo o MpD, afectam não só os países individualmente, como Burkina Faso, Mali, Níger e Gabão, mas todo o continente, expondo ao risco e à instabilidade a vida de milhões de cidadãos e desestabilizando a região e o continente.
“África enfrenta desafios significativos, incluindo golpes de Estado militares, terrorismo, fraude eleitoral e corrupção. Pelo que a “Reunião de Praia” se apresenta como uma oportunidade crucial para discutir essas questões e explorar soluções viáveis, sempre com foco num futuro mais democrático e estável para o continente africano”, realçou Luís Carlos Silva.
Por outro lado, adiantou que se pretende ainda analisar o impacto da Digitalização e da Inteligência Artificial no desenvolvimento dos países africanos, bem como os potenciais riscos que essas tecnologias representam para o processo democrático.
“A digitalização e a inteligência artificial são ferramentas transformadoras que podem moldar o futuro do continente. Estamos comprometidos em garantir que essas tecnologias sejam utilizadas para o benefício de todos os cidadãos africanos”, explicou.
O momento será também para o fortalecimento da IDC-África para que o mesmo possa, com mais vigor, defender os direitos humanos e a liberdade dos africanos.
O evento deverá contar com a participação de mais de 50 participantes de 15 países, com destaque para “líderes e personalidades notáveis” como são os casos de Adreas Pastrana, presidente da Internacional Democrática do Centro, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, Aline Chivot, conselheira sénior do Partido Popular Europeu para o Digital e novas Tecnologias e Hélio Varela, um dos fundadores do NOSI (Núcleo Operacional da Sociedade de Informação).
O primeiro dia do evento é dedicado ao tema da instabilidade política em África com uma intervenção inicial do vice-presidente do MpD, Luís Filipe Tavares, e intervenções de Abshir Ferro, presidente do AFP de Somália, do professor Abdi Abdiwahab, seguidas de duas mesas redondas.
E o segundo dia será destinado à discussão sobre a digitalização e inteligência artificial, contando com uma intervenção inicial do vice-primeiro-ministro e ministro da economia digital, Olavo Correia, que é também vice-presidente do MpD, e apresentação de três subtemas, designadamente “Digitalização e Inteligência Artificial” a ser apresentado por Eline Chivot, “Inteligência Artificial: Oportunidades e desafios no contexto Africano” por Hélio Varela, e “Digitalização e Fraude Eleitoral” por Alejandro Peña.
O programa da reunião inclui também uma visita ao parque tecnológico na cidade da Praia.
O encerramento dos trabalhos estará a cargo do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e do presidente do MpD.
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