Cidade da Praia, 21 Mai (Inforpress) – A presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) prometeu hoje trabalhar para garantir “melhor qualidade de vida e bem-estar” dos cabo-verdianos quanto ao consumo do sal.
Maria da Luz Mendonça deu essa garantia à imprensa, quando convidada a falar sobre a qualidade da água que se consome no País e qual a intervenção do INSP, enquanto instituição de investigação do sector da saúde, visto que o sal “é o inimigo número 1” da saúde pública.
Nesta matéria, a responsável do INSP lembrou que o consumo do sal é tido com muita preocupação no País, por contribuir para o aumento da pressão arterial, “um dos factores de risco mais importante” para a saúde, visto que provoca Acidente Vascular Cerebral (AVC) que é a primeira causa da mortalidade em Cabo Verde.
“Este ano estamos a assinalar o ano de AVC, precisamente, para chamar a atenção da população para hábitos saudáveis, e um desses hábitos é o não consumo do sal, pois, é um inimigo da saúde pública”, disse.
Conforme aquela responsável, em Cabo Verde contabiliza-se mais mortes por AVC do que por covid-19, uma doença infecciosa que está a assolar o mundo.
Afiançou, por outro lado, que no País, diariamente, morrem muitas pessoas por AVC e realçou que a taxa de hipertensão é de 30%, ou seja, 30 em cada cem cabo-verdianos é hipertenso.
“A causa principal da hipertensão é o consumo do sódio, mas temos de promover uma cultura de redução do consumo do sal, iniciando o trabalho com a nova geração através do Ministério da Educação”, indicou.
Face a essa predisposição do cabo-verdiano em consumir sal, neste caso através da água, apontou a existência de outras instituições, como a ANAS, que também tem a competência de regular e supervisionar a produção antes de chegar aos cabo-verdianos.
A qualidade de água que se consome, segundo disse, deve ser “fundamental para a uma melhor qualidade de vida e bem-estar” do povo cabo-verdiano.
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