Inserção no espaço da macaronésia permitirá o acesso e a atração de investimentos para o País – Governo

Cidade da Praia, 15 Jun (Inforpress) – O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, defendeu hoje que a inserção no espaço da macaronésia permitirá ao País ter acesso e atrair investimentos para acelerar o crescimento económico.

Rui Figueiredo Soares falava durante a abertura da mesa redonda subordinada ao tema “A consolidação dos aspetos políticos, institucionais e estruturais necessários para propiciar uma integração sólida da macaronésia”, promovida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional.

Na ocasião, o governante disse que Cabo Verde, entre os pilares da parceria, tem a integração regional com dois eixos, um dos quais é precisamente ao nível das regiões ultraperiféricas da União Europeia (RUP), a integração no espaço da macaronésia, com o objectivo de melhorar a sua estrutura e aumentar o seu dinamismo e competitividade.

Conforme explicou, o estudo elaborado pelo Projeto Integração de Mercados e Desenvolvimento Socioeconómico da Macaronésia terá identificado algumas áreas, tais como os transportes, as energias renováveis, a gestão da água e dos resíduos, o turismo, a formação e a governação eletrónica, como as com maior potencial de desenvolvimento e que são comuns a todos os arquipélagos macaronésicos.

“O nosso propósito, enquanto Governo de Cabo Verde é procurar institucionalizar algo que nos permita sobretudo estreitar os vínculos históricos, económicos, sociais e culturais entre os arquipélagos, estimular e desenvolver a cooperação e a integração entre nós, permitindo-nos uma maior aproximação à União Europeia”, assinalou.

Da mesma forma, acrescentou, um melhor relacionamento com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, incentivar o intercâmbio de experiências e das boas práticas em áreas de interesse comum.

“A nossa visão estratégica é a inserção em espaços económicos dinâmicos que permitam ao país o acesso e a atração de investimentos, mercados, tecnologia, conhecimento e segurança, para acelerar o crescimento económico, exportar, reduzir as vulnerabilidades externas e assegurar a sustentabilidade”, assegurou, sustentando que a macaronésia pode ser um desses espaços.

Nesta linha, mostrou-se convicto de que as análises e as discussões a serem feitas serão “francas e frutíferas”, pois, continuou, só assim se terá “consciência exata” do estádio em que se encontram as relações, o caminho ainda por percorrer e, sobretudo, identificar os reais obstáculos e desafios a superar, com vista a uma “integração sólida” da macaronésia.

O Projeto Integração de Mercados e Desenvolvimento Socioeconómico da Macaronésia é um dos aprovados na segunda convocatória do Programa INTERREG MAC 2014-2020 e que foi também apresentado durante as jornadas dos dois últimos dias, que decorreram na Cidade da Praia.

A mesa redonda contou com a participação do subsecretário Regional da Presidência do Governo dos Açores, Pedro Faria e Castro, da diretora Regional dos Assuntos Europeus do Governo da Madeira, Fernanda Cardoso, e do diretor geral das Relações Exteriores do Governo das Canárias, Juan Francisco Trujillo Marrero.

HR/AA

Inforpress/Fim

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