Cidade da Praia, 22 Mai (Inforpress) – O INE iniciou hoje uma formação de agentes de terreno para o Inquérito à Inclusão Financeira, que visa a recolha dos dados sobre inclusão ao sistema, produtos e serviços financeiros, acesso e utilização de serviços digitais e dinheiro móvel.
Em declarações à imprensa, o vice-presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Fernando Rocha, que presidiu ao acto de abertura em parceria com o administrador do Banco de Cabo Verde Elias Pereira, explicou tratar-se de um inquérito solicitado pelo projecto PADI-CV ADA financiado pela cooperação luxemburguesa.
No inquérito, que tem um financiamento à volta de 9.400 contos, serão abrangidos cerca de 5.300 agregados familiares, a nível nacional.
“O principal objectivo é medir e caracterizar o nível de acesso dos serviços e produtos financeiros”, disse, sublinhando que após a identificação dos familiares a serem inquiridos serão entrevistados os indivíduos com 18 anos e mais.
Realçou ainda que em termos de recursos humanos vão ser utilizados cerca de 73 inquiridores e nove supervisores que serão suportados tecnicamente por técnicos do INE e do Banco de Cabo Verde (BCV).
“Trata-se de um inquérito exigente, daí a necessidade de estar a ser realizado entre o INE e o BCV. A recolha de dados vai ser feita em 30 dias, mas como vamos utilizar o tablet neste trabalho esperamos diminuir o tempo para a disponibilidade dos dados”, acrescentou, informando que a recolha dos dados terá início segunda-feira, 29.
A Inclusão Financeira, conforme Fernando Rocha, é a forma de avaliar o nível de acesso e utilização dos produtos e serviços financeiros sobre o equilíbrio entre a oferta e a procura destes serviços.
Ainda segundo o vice-presidente do INE, precisam destes dados os bancos, a instituição que encomendou o inquérito e o próprio Governo, para poder saber melhor sobre o sistema financeiro no País e ter uma melhor política sobre a matéria.
O Inquérito à Inclusão Financeira (IIF) é uma operação estatística realizada, por amostragem, que consiste na recolha, tratamento, análise e difusão dos dados demográficas e socioeconómicas do agregado, informações sobre rendimento, inclusão ao sistema financeiro, produtos e serviços financeiros, acesso e utilização de serviços digitais e dinheiro móvel, gestão de contas bancárias e instituições de microfinanças, planeamento de despesas e poupança, remessas, rendimentos, seguradora e escolha de conhecimento das fontes de informação.
Os dados a serem recolhidos são importantes para conhecer o nível de acesso e utilização dos serviços financeiros por parte da população residente, os constrangimentos e barreiras que dificultam o acesso aos serviços financeiros, planeamento das despesas e poupança, (atendimento, internet banking, rede Vint 4; etc.), envio e recebimento de quantias monetárias, entre outros.
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