Espargos, 12 Jan. (Inforpress) – A zona de Fátima, na ilha do Sal, vai ser transformada num centro urbano cujo projecto pretende dar resposta ao défice habitacional na ilha, beneficiando, numa primeira fase, cerca de 500 famílias, sobretudo, trabalhadores dos hotéis.
A Câmara Municipal do Sal vai avançar com a construção de moradias na zona de Fátima, em Santa Maria, erigindo desta feita um novo centro urbano na ilha, cujo Master Plan da nova centralidade urbana vai intervir numa área de 35 hectares.
Tendo o grupo Hotel Oásis como primeiro parceiro neste projecto, que inicialmente beneficiará 500 famílias de trabalhadores dos hotéis, espera-se, com essa iniciativa envolver outros operadores turísticos, neste “importante” plano que visa dar resposta ao défice habitacional na ilha turística.
Sendo o principal parceiro da autarquia na fundação desse novo parque habitacional urbano, que se pretende ver edificado até finais de 2018 ou início do próximo ano, o grupo hoteleiro Oásis Atlântico irá colaborar na concessão do Master Plan e na construção de habitações destinadas aos seus funcionários, visando maior tranquilidade e condições habitacionais de suas famílias.
Todavia, pondera-se que o desenvolvimento dessa ampla zona urbana que agora vai nascer na ilha do Sal dependerá muito da dinâmica dos investidores turísticos.
O edil, Júlio Lopes, aponta com satisfação que a criação de condições habitacionais, através deste projecto, poderá ser a realização de um sonho de muitas das pessoas desta franja da população.
“Dizer que no dia 17 deste mês vamos apresentar o programa inovador de habitação para a ilha do Sal, a solução que temos para resolver o problema do défice habitacional e de habitações de baixo standing nesta ilha. Um grande programa que a câmara está a levar a cabo em parceria com o Governo”, considerou.
“Neste quadro, já decidimos a criação de uma centralidade urbana na zona de Fátima, zona próxima dos hotéis que vai dar suporte a criação de melhor habitação para aqueles que trabalham no turismo”, frisou.
Mário Antão, administrador do grupo Oásis Atlântico, disse, por sua vez, que o grupo, presente no país mesmo antes da “explosão” do turismo na ilha, sempre teve uma “grande” orientação para as questões de integralidade e de integração da população com os problemas decorrentes da chegada ou desenvolvimento do turismo.
“Portanto, dentro desse princípio, a nossa ideia é ter um envolvimento directo neste projecto. O objectivo é criar condições para que as pessoas que vêm para a ilha trabalhar no sector do turismo possam ter uma habitação condigna, de acordo com as suas reais expectativas”, apontou.
“É do nosso interesse que os nossos colaboradores tenham melhores condições, porque isso contribui para a melhoria da qualidade do serviço oferecido em termos turísticos. Não é um problema nosso, e tanto quanto sei, há outros grupos interessados em envolver-se no projecto”, disse, avançando, que o Oásis Atlântico tem em vista a construção de mais uma unidade hoteleira na ilha.
SC/JMV
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