Espargos, 20 Mai (Inforpress) – O vice-presidente da Juventude para a Democracia, (JpD), na ilha do Sal, Billy Bolton, considerou hoje que a política é um espaço “ideal” para os jovens, permitindo “muita energia e conhecimento prático”.
Billy Bolton, militante activo do MpD fez essas considerações à margem do debate sobre o tema “A juventude e a mulher na política”, no âmbito das acções prévias à XIII Convenção Nacional do Movimento para a Democracia (MpD), que terá lugar de 25 a 28 de Maio próximo.
No Sal, “juventude e a mulher na política” foi o tema tratado, cujo debate teve lugar, na tarde de hoje, na sede do MpD local, congregando militantes e simpatizantes do partido na ilha, presidido pelos membros do sistema MpD, Billy Bolton e Carla Carvalhal, moderado por Vandira Brito.
Para Billy Bolton, de 29 anos, que se diz fascinado pela política, o tema foi “bem pensado e pertinente”, na medida em que os jovens, a nível da ilha, particularmente, têm tido “fraca participação” na vida política, nos últimos anos.
“Os jovens têm tido alguma limitação pessoal de entrar na política, por não se reverem nos actores políticos, e isso acaba por inibi-los ou afastá-los da vida política. Esse argumento pode ser válido, mas facilmente de ser desconstruído”, considerou o jovem político, reiterando que a política é um espaço “ideal” para os jovens.
Tendo o tema e os painelistas, em linha de conta, a mesma fonte faz fé que o debate versando o tema “juventude e a mulher na política”, permitirá uma nova visão face à percepção actual que se tem da política e dos actores políticos.
“Acredito que os que se fizeram presentes neste debate sairão com uma visão diferente, melhores informações, e com outras ambições em termos da sua participação na vida política da ilha e no país”, prognosticou, desafiando os jovens a abraçarem a política, por forma a dissiparem as dúvidas e compreenderem como “realmente funciona”.
Por seu lado, Carla Carvalhal, ex-vereadora de Administração, Finanças e Património, Turismo e Desenvolvimento, na Câmara Municipal do Sal, disse que veio partilhar a sua experiência enquanto mulher política, em Cabo Verde, dissertando também um pouco sobre a temática.
“Com isso, ver como contribuir para que outras mulheres possam também participar na política em Cabo Verde”, apontou, enumerando vários motivos que está por detrás da fraca participação da mulher na política, desde aspectos culturais, estigma, como também a própria estrutura das organizações políticas que, conforme sublinhou, privilegiam os homens em detrimento das mulheres.
“Mas muito se tem feito, a lei da paridade veio trazer uma outra luz, já temos maior participação das mulheres, mas queremos que ocupem cargos mais importantes, cimeiros, como decisores políticos também”, almejou.
Para Carla Carvalhal, este debate poderá permitir “abrir a mente” das mulheres, daquilo que é o seu papel e aquilo que pode também fazer enquanto actores sociais, no sentido de mudar essa realidade.
SC/ZS
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