Espargos, 07 Abr (Inforpress) – O Projecto Biodiversidade colocou, no ano passado, mais de três mil ninhos de tartaruga em viveiro, tendo também, contabilizado neste mesmo ano, um número recorde de desova, num total de mais de 53 mil ninhos de tartaruga.
Essas informações foram partilhadas, hoje, pelo director da Associação Projecto Biodiversidade, no Sal, Albert Taxonera, durante um mini-fórum para a apresentação dos resultados da conservação ambiental na ilha do Sal em 2021.
Explicou que esses ninhos, que representam apenas seis por cento de todos os ninhos da ilha do Sal, uma proporção muito pequena, foram colocados em mais de seis viveiros de tartaruga criados na ilha, na passada temporada, onde dos mesmos foram libertados para o mar mais de 151 mil tartaruguinhas.
“Isso quer dizer que 70,3 por cento dos ninhos, tiveram um bom desenvolvimento das tartaruguinhas, que acabaram por ser encaminhadas para o mar”, referiu, Albert Taxonera, salientado a importância de assegurar a entrada das tartaruguinhas no mar, para manter a população da espécie no futuro, embora uma tartaruguinha em cada mil vai sobreviver.
“Mas é super importante, pelo menos para manter a população das tartaruguinhas que vão voltar daqui a alguns anos, quando em seu período reprodutivo, às mesmas praias em que nasceram para nidificar”, contou.
Neste particular, dado interessante, é que as tartarugas passam praticamente toda a vida em alto mar, migrando entre as áreas de alimentação e de acasalamento, entretanto, saem do mar e sobem em terra firme para desovarem, mais especificamente nas praias onde elas nasceram.
Consta que este fenómeno, sempre intrigou os pesquisadores, que questionam o facto de como esses animais são capazes de voltar exactamente às praias onde eles nasceram, uma vez que passam anos em águas marinhas distantes da costa e, consequentemente, de sua praia natal.
SC/ZS
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