Espargos, 27 Set (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, almeja executar 90 por cento (%) da proposta do plano de actividades e orçamento para o ano económico 2024, considerados ambiciosos e aprovados hoje em sessão da Assembleia Municipal.
A proposta destes dois instrumentos de gestão camarária, referentes ao ano de 2024, foi aprovada durante os trabalhos da XIII sessão ordinária da Assembleia Municipal, que vinha decorrendo desde terça-feira, com votos contra da bancada do PAICV (oposição), e abstenção do grupo SAL (oposição).
“Se conseguirmos implementar este orçamento, no valor de um milhão e quatrocentos contos, naturalmente que vamos fazer muitas realizações que vão beneficiar directamente a ilha e as pessoas”, renovou Júlio Lopes, destacando que só para investimentos calcula-se aplicar o montante de 930 mil contos, enquanto para o funcionamento são dedicados 517 mil contos.
Explicou que quanto a receitas a câmara prevê arrecadar 1 milhão e 454 mil contos, montante conforme sublinhou “nunca conseguido” na história do orçamento municipal na ilha do Sal.
“Vamos continuar esse grande trabalho em parceria com o Governo, para servir directamente as famílias, jovens, infância e terceira idade, ou seja, um orçamento que vai ter um grande impacto na ilha do Sal, na vida das comunidades e das pessoas. Assim que queremos. Vamos promover a ilha do Sal no contexto nacional e internacional”, enfatizou o autarca.
Mas, para o líder da bancada do PAICV (oposição), José Paixão, tratam-se de instrumentos de gestão “inexequíveis”.
“À semelhança dos outros, consideramos que o plano de actividades e o orçamento são obesos, irrealistas e inexequíveis. Há vários itens que têm saltado de ano em ano e nunca foram realizados… é muito improvável que sejam agora cumpridos”, calculou.
E o deputado do grupo Sociedade em Acção para a Liberdade (SAL), Ravlino Reis, considera o orçamento “desenquadrado com as prioridades”.
“Sobre isso, vimos batendo bastante na mesma tecla, e continua a haver essas disparidades, principalmente no plano de actividades. Abstivemos da discussão do plano de actividades, por exemplo, porque não apresenta o cronograma de realizações (…). Isso é inaceitável”, justificou.
Opinião contrária tem a líder da bancada do Movimento para a Democracia (MpD – poder), Luísa Fortes, para quem trata-se de “um grande” orçamento, concebido para “fazer as pessoas felizes”.
“Realmente é um plano de actividade e orçamento ambiciosos, que vão permitir melhorar a qualidade de vida dos salenses, porque vai dar respostas às necessidades das populações”, concretizou, acreditando que no final do mandato a população do Sal “saberá valorizar” todo o trabalho que a câmara municipal tem feito desde 2020.
Esta é a última sessão para aprovação dos instrumentos de gestão da câmara municipal, do ciclo político 2020/2024.
SC/CP
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