Ilha do Sal: PAICV desafia Governo a adoptar “medidas emergenciais”para construção de salas de aulas na ilha

Espargos, 08 Fev (Inforpress) – O deputado nacional do PAICV (oposição) pelo círculo do Sal, Démis Almeida, desafiou hoje o Governo a adoptar “medidas emergenciais” para construção de salas de aulas, dada a superlotação dos dois complexos educativos da ilha.

Démis Almeida fez essas considerações depois de nos últimos dois dias, enquanto deputado nacional, acompanhado dos eleitos municipais, terem realizado uma visita aos dois maiores complexos educativos da ilha, isto é, “Olavo Moniz”, nos Espargos, e Manuel António Martins em Santa Maria.

Desta visita, referindo-se aos problemas que o sector da educação enfrenta no Sal, Démis Almeida destacou a superlotação das salas de aula, onde se regista mais de trinta alunos por sala, considerando a situação “um desrespeito” para o rácio recomendado turma/aluno.

“Há turmas com muito mais de que 40 alunos, e isso, naturalmente, põe em causa a qualidade da educação…essa situação tem que ser resolvida”, sublinhou, acrescentando ainda o facto de alunos da cidade dos Espargos não terem conseguido matricular-se na Escola Básica e Secundária Olavo Moniz, tendo de se matricular na Palmeira ou em Santa Maria, o que implica percorrer, conforme observou, longas distâncias de suas residências.

“Essa é uma questão muito séria, que se vem juntar à dos alunos deslocados de Pedra de Lume para a cidade dos Espargos, o que também põe em causa as recomendações do caderno de orientações para o ensino na ilha do Sal”, frisou.
Perante o panorama, a mesma fonte disse que não se pode ficar à espera da construção do complexo educativo de Chã de Matias, que “dificilmente” ficará pronto antes de 2025, conforme prognosticou.

“O Governo tem de adoptar medidas emergenciais no sentido de construir salas de aulas. O que as direcções dizem, designadamente aqui na cidade dos Espargos, é que a construção de mais 10 salas de aulas e afectação de mais professores resolveria o problema, pelo menos para o ano lectivo 2022/2023”, comentou o deputado, reiterando tratar-se de um “problema sério”.

“É um problema sério, deve ser resolvido e deve haver uma solução emergencial. Não podemos ficar à espera da solução estrutural para a construção do complexo educativo de Chã de Matias”, insistiu.

Outra questão que também preocupa o PAICV, tem a ver com os manuais escolares, disponíveis só até o 8º ano.

“Quer dizer que do 9º ao 12º não há manuais escolares. Devemos também informar que os laboratórios de informática não estão a funcionar nem no Complexo Educativo Manuel António Martins nem na Escola Básica e Secundária Olavo Moniz, por conta de um desencontro entre o Ministério da Educação e o NOSI, com prejuízo para a literacia digital dos nossos alunos”, lamentou.

Démis Almeida concluiu, defendendo, por outro lado, a necessidade de unificação dos horários escolares num único período lectivo, para evitar constrangimentos e os alunos possam ter tempo para se dedicar aos estudos.

SC/JMV
Inforpress/Fim

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