Espargos, 07 Fev (Inforpress) – O PAICV no Sal, através do deputado Démis Almeida, manifestou hoje satisfação com o anúncio das obras de requalificação das estradas Espargos/Santa Maria, mas ao mesmo tempo desapontado por a da Palmeira “não ter sido contemplada”.
Estribado nas informações do projecto, que propõe novo pavimento em cerca de 14 quilómetros de extensão, duas faixas de rodagem e quatro vias, ciclovia, iluminação, sinalização vertical e horizontal, apresentado na semana passada, Démis Almeida considerou que, se “efectivamente” passar do anúncio à estrada requalificada, nestes termos, será uma “boa notícia” para a ilha do Sal.
Démis Almeida fez essas considerações durante uma conferência de imprensa convocada para o efeito, manifestando desapontamento, ao mesmo tempo, por a estrada da Palmeira, estrada de acesso a um porto internacional, “fundamental” para a dinâmica económica da ilha, não ter sido contemplada.
“Desapontado porque nada se disse relativamente à estrada da Palmeira que está numa situação crítica, e à da Avenida dos Hotéis, em Santa Maria que também está completamente esburacada”, lamentou.
“Esperaríamos que a senhora ministra anunciasse que essas estradas fossem contempladas, até porque o senhor-primeiro-ministro garantiu que já tinham financiamento”, comentou, considerando, por isso, que era suposto que se anunciasse também sobre o arranque dessas obras.
Quanto à indicação do mês de Maio como data prevista para o arranque das obras de requalificação, a mesma fonte calcula que é “pouco provável”, considerando que as propostas técnicas e financeiras, conforme explicou, só serão apresentadas no próximo mês.
“Na melhor das hipóteses, se não houver atrasos, impugnações, as obras só arrancarão em Junho”, calculou, questionando uma outra promessa do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
“Que, independentemente de obras estruturais, de requalificação da estrada de Santa Maria, Palmeira e da Avenida dos Hotéis, seriam mobilizados recursos para se fazer obras emergenciais no sentido de dotar as estradas do Sal de um mínimo de segurança. Isso não foi anunciado para o nosso desapontamento”, manifestou.
Para Démis Almeida, isso significa que as estradas do Sal, até à conclusão dessas obras de requalificação das vias “Espargos/Santa Maria continuarão na situação crítica em que se encontram.
“Constituindo um perigo enorme para a vida, a integridade física dos condutores, dos passageiros, dos seus utentes, mas também uma causa grande de dano material para as viaturas que demandam essas mesmas estradas”, sustentou.
Lembrou que parte importante da riqueza nacional que é arrecadada a nível de impostos de taxas e de riqueza gerada pela nossa economia, sai da ilha do Sal, pelo que, conforme disse, esta ilha deveria merecer uma “discriminação positiva”.
“É inaceitável que uma ilha como o Sal, uma ilha turística, a capital do turismo de Cabo Verde, tenha como cartão-de-visita estradas completamente esburacadas, que põe em causa, desqualifica o destino turístico”, enfatizou.
Démis Almeida aproveitou a oportunidade para fazer um apelo à Câmara do Sal, ao seu presidente, Júlio Lopes, às organizações da sociedade civil no sentido de se unir as vozes em defesa dos interesses Sal e da população desta ilha, que neste caso passa por ter umas estradas seguras que garantam as condições de serem transitadas com segurança.
SC/JMV
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