Ilha do Sal: ICCA quer reactivação do Comité Municipal de Defesa dos Direitos das Crianças

Espargos, 09 Mar (Inforpress) – O Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), na ilha do Sal, quer ver reactivado o Comité Municipal de Defesa dos Direitos das Crianças (CMDDC) visando o reforço do sistema de protecção.

Para o efeito, realizou, esta tarde, um encontro na Biblioteca Municipal, no qual participaram parceiros, representantes de serviços públicos e privados, ONG e associações comunitárias de base e foi eleito um representante do comité.

“Acreditamos que a união faz a força, e se queremos eliminar ou minimizar os problemas sociais que afectam as nossas crianças, é desta forma que devemos faze-lo, unindo esforços, de modo a garantir um futuro melhor às nossas crianças, e uma ilha mais condigna de viver e de fazer turismo”, manifestou a delegada do ICCA, Queila Soares.

Analisando a situação actual das crianças na ilha do Sal, a responsável da infância, local, reiterou a importância da união de todos os esforços das comunidades, por forma a dar vazão, disse, às necessidades que se sentem nesta área, e manter algum controlo de forma a não dar abertura para o aumento destas problemáticas.

Segundo Queila Soares, o grande fluxo da migração, implica o aumento populacional da ilha, que na sua maioria, constitui “boa parte” de famílias, desestruturadas, monoparental, sem o apoio de um dos progenitores, cuja realidade, explica, permite o surgimento de situações de crianças sozinhas em casa, sem controlo e acompanhamento.

“Acabando por enveredar-se para a rua, envolvendo em grupos, em pequenos furtos, abandonar a escola, envolver com álcool e outras substâncias psicoactivas, entre outros. Estas situações, implica o aumento de problemáticas em volta das crianças e dos adolescentes”, lamentou.

Nesta medida, acredita, que a reactivação do CMDDC poderá “estimular” os serviços, públicos e privados, ONG e associações comunitárias, a pensarem em estratégia de intervenção e protecção da criança, e sua concretização, analisando os aspectos que o impede, ao mesmo tempo que “incentiva” a consciencialização do papel que cada um tem na mudança de vida de uma criança em situação de risco.

“Não obstante o grande trabalho, e os esforços do ICCA e de outros serviços como forma de dar respostas as situações que atingem as nossas crianças e adolescentes, tem-se revelado insuficientes, dado aos fracos recursos, em detrimento das demandas”, acentuou.

SC/CP

Inforpress/Fim

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