Ilha do Sal: Governo e autarquia voltam a selar compromisso de eliminação de barracas

Espargos, 11 Jan (Inforpress) – O Governo e a Câmara Municipal do Sal voltam a selar o compromisso de eliminação e demolição de todas as barracas na ilha, “independentemente” de quem esteja lá dentro, sendo prioridade o realojamento das famílias já cadastradas.

Este compromisso saiu reforçado durante um encontro entre a ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, e a equipa camarária, no âmbito da deslocação da governante ao Sal para visitar as obras de construção de habitação de interesse social em Chã de Matias, bem como a área demolida em Alto São João e Alto Santa Cruz.

Participaram neste encontro, para dar a conhecer a evolução da situação em matéria do crescimento urbano, cujo levantamento foi feito com drone em 2017 e 2019, de modo a se fazer uma comparação com a situação actual, o presidente Júlio Lopes e seus vereadores, a equipa do gabinete técnico, a directora geral da Habitação, geógrafos e cartógrafos.

Segundo a ministra, esta reunião permitiu selar compromissos no sentido de encontrar caminhos para “travar qualquer iniciativa de construção” de novas barracas, e juntos trabalharem no programa de realojamento que vai ser feito à medida que as obras dos 527 fogos ainda em construção vão sendo concluídas.

“A reunião foi bastante participativa quer da parte política dos senhores vereadores, como também dos técnicos do gabinete técnico da câmara municipal, e no fim ficou o compromisso assumido pelo presidente da câmara, de avançar com o nosso objectivo de eliminar todas as barracas independentemente de quem estiver lá dentro”, reiterou a ministra.

Sendo a prioridade de realojamento as famílias já cadastradas, há que arranjar, entretanto, solução para as que não estão no cadastro e que têm que sair das barracas.

Porém, não sabendo, exactamente, qual a solução para esses casos, a governante apontou, todavia, para afectação de lotes de terreno, com um projecto tipo para a construção de habitações, apoio financeiro, entre arranjos diversos que se poderá conceber com a câmara municipal para essas famílias.

“Agora, para evitar que de 200 passem a ser 250, 300 ou 400 famílias, ficou também um compromisso selado da parte da câmara municipal que daqui para frente não vai haver mais construções clandestinas, de barracas, pelo menos naquela zona. Em havendo a câmara agirá de imediato, e procederá à demolição da barraca construída nesse intervalo”, concluiu a ministra Eunice Silva, em tom de aviso.

Por sua vez, o presidente da câmara do Sal, Júlio Lopes, avisou que o “crime não compensa”, pelo que as pessoas não devem pensar na construção de barracas, porque “serão deitadas automaticamente abaixo”.

“O nosso compromisso é acabar com as barracas, é um imperativo moral. Mesmo que venha surgir uma barraca, vamos agir com firmeza. O crime não compensa. Quem vier construir barracas depois destas decisões serão demolidas”, preveniu o autarca.

SC/AA

Inforpress/Fim

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