Ilha do Sal: Alunos dizem-se psicologicamente preparados para enfrentar novo ano lectivo e pais desejam boa relação escola/aluno/professor

*** Por Sandra Custódio, da Agência Inforpress ***

Espargos, 18 Set (Inforpress) – De regresso hoje às aulas, os alunos no Sal, dizem estar “psicologicamente preparados” para enfrentar o novo ano lectivo, com os pais a desejarem, por outro lado, uma boa relação escola/aluno/professor, neste reinício das actividades escolares, 2023/2024.

Depois de longas férias, o início de cada ano lectivo causa sempre ansiedade e agitação para pais e alunos, que retomam a rotina do ano escolar, onde é preciso preparar-se para o reinício das actividades lectivas, tarefas e obrigações, que impõe essa transição das férias para o retorno às aulas.

Numa ronda pelos lados do Liceu Olavo Moniz, a Inforpress constatou uma certa tranquilidade de pais e alunos à procura das salas, a consultar as pautas, também uma concentração de alunos na secretaria do liceu, que deixaram para matricular-se à última da hora, enquanto outros meninos reclamavam que seu nome não constava nas pautas, ou não sabia onde ficava a sua sala.

Em conversa com alguns alunos, a maioria diz estar psicologicamente preparada para enfrentar mais um ano lectivo, atirando, entretanto, que vir à escola “é um saco”.

“Temos que ser sinceros. Ninguém gosta de vir à escola. Não tem graça nenhuma. A escola não tem piada, mas temos a consciência dessa necessidade e da sua importância”, exteriorizou Raquel Lima, que vai para o 10º ano, comentando que as aulas começaram num “mau dia”, isto é, logo depois do Festival da Praia de Santa Maria.

Sem papas na língua, a mesma aluna conta que foi difícil acordar cedo, que nem com despertador conseguiu despertar-se do sono, tendo chegado, entretanto, na hora, mas sem o penteado que gostaria de ostentar no primeiro dia de aulas.

Emely Lopes, estudante do 10 ano, área CT, deseja continuar a ser a aluna “Quadro de honra”, e que a relação interpessoal, aluno/professor e vice-versa, seja de respeito mútuo, no decurso do novo ano lectivo.

Abordados no recinto, pais e encarregados de educação também anseiam um ano lectivo tranquilo, com alunos e professores motivados para encarar com entusiasmo o retorno às aulas, e evitar “desgastes desnecessários”.

“Temos consciência que os meninos de hoje não são brincadeira, mas também os professores estão sem paciência, e não sabem lidar com a adolescência e juventude. Que Deus abençoe a todos e o ano decorra na maior tranquilidade”, comentou uma mãe.

“Durante as férias, os hábitos, horários e actividades variam muito, e com o retorno às aulas é preciso voltar à normalidade, e o organismo muitas vezes rejeita, até habituar-se novamente… ‘é ba dvagar’ (levar as coisas serenamente)”, observou Manuela Silva, que também foi levar o filho no liceu Olavo Moniz.

A professora Eloisa Mendes, que vai leccionar Língua e Cultura Cabo-verdiana, no 11º e Língua Portuguesa, no 12º, área de Humanística, almeja também um ano lectivo tranquilo, e que cada docente “exerça uma influência positiva” no desenvolvimento intelectual dos alunos.

“Que tudo corra bem, que os alunos sejam mais dedicados, estudiosos e tenham mais responsabilidade, principalmente os do 11º e 12º anos”, desejou.

O novo ano lectivo, 2023/2024 arrancou no Sal com 6.316 alunos, mas faltam mais de mil alunos do 1º ao 12º ano ainda por matricular.

Em jeito de apelo, e à semelhança dos anos anteriores, a delegada da Educação, Márcia Graça, segundo a qual o primeiro dia de aulas arrancou sem embaraços, espera contar com a participação e presença dos pais e encarregados de educação na escola, ao longo do ano lectivo.

SC/CP

Inforpress/Fim

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