Porto Inglês, 29 Dez (Inforpress) – A unidade representativa do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), na ilha do Maio, atendeu durante este ano 153 casos envolvendo crianças e adolescentes, informou o delegado, Mário Fernandes.
O responsável, que fazia à Inforpress o balanço do ano que ora finda, garantiu que ao longo do 2018 deram entrada na delegação vários tipos de casos, dois quais 95 foram considerados de emergência e 58 de serviço social, pelo que considera “positiva” a actuação da instituição na ilha.
“Foi um ano também bastante cansativo, porque apostamos em fazer o nosso trabalho entre crianças, mulheres e homens para desconstruirmos aquela parte que as pessoas dizem ser cultural”, salientou.
Mário Fernandes disse ainda que, o trabalho realizado deixa a equipa “contente”, porque conseguiu resolver vários casos, que culminaram na reposição do direito da criança, no que tange, essencialmente, ao subsídio de alimentação por parte dos pais, totalizando 58 casos, não obstante casos de maus tratos e abandono escolar que também deram entrada na delegação.
Na resolução dos casos de serviço social, segundo Mário Fernandes, tiveram a colaboração do Ministério Público, e não só permitiu garantir o direito básico das crianças, mas também a reaproximação e troca de afecto entre os pais e os filhos.
No que tange a casos de violação de menores, o responsável do ICCA na ilha do Maio informou que durante o 2018 foram registados seis casos, que foram encaminhados ao Ministério Público.
A dinamização do Comité Municipal de Protecção dos Direitos das Crianças, com a criação de pontos focais em todos os povoados, segundo o delegado do ICCA, permitiu sensibilizar as pessoas e famílias sobre os direitos e os deveres das crianças, com realização de palestras e outras actividades.
Não obstante esses ganhos, Mário Fernandes considera que “ainda há muito por fazer”, no sentido de fazer entender as pessoas de que a criança é prioridade absoluta, mas mostrou-se convicto em concretizar esse desiderato.
Para tal, avançou que estão a contar com a entrada em funcionamento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como o reforço da equipa da delegação local para poderem dar respostas a todas as demandas do dia-a-dia.
O responsável local do ICCA espera também poder contar com a colaboração de todos os parceiros locais que compõe o Comité Municipal, assim como de toda a comunidade maiense “por ser uma tarefa de todos”.
WN/CP
Inforpress/Fim