ICCA promete mais acções de formação para continuar a capacitar adolescentes em situação de risco

Cidade da Praia, 17 Mai (Inforpress) – A presidente do Instituo Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) prometeu hoje que a instituição irá continuar a trabalhar promovendo mais acções de formação profissional visando continuar a capacitar os adolescentes em situação de risco e rua.

Maria Silva fez estas afirmações à imprensa, à margem da cerimónia de encerramento da formação e capacitação de adolescentes em situação de vulnerabilidade na Cidade da Praia, nas áreas de serralharia, estética e pastelaria, no âmbito do projecto “Reforço da capacidade interventiva do ICCA”, em parceria com o IEFP.

Segundo adiantou, esta formação beneficiou 42 adolescentes, salientando que o referido projecto incluiu acção de cariz profissional para adolescentes com estímulo ao autoemprego e disponibilização de kits profissionais.

Indicou que a referida acção abrangeu as ilhas de Santiago, São Vicente, Boa Vista e Sal, adiantando que foram identificados 448 adolescentes no total, 185 foram encaminhados para a formação profissional e que desses 185, 139 conseguiram concluir a formação.

“Esses adolescentes agora tem uma ferramenta com a qual podem trabalhar e fazer a sua vida. São adolescentes com as quais trabalhamos já algum tempo, a formação profissional é a ferramenta que precisavam e precisam de uma oportunidade, agora o ICCA concedeu-os essa oportunidade para mudarem de vida, são adolescentes que abandonaram escola, mas conseguimos que alguns retornassem ao sistema de ensino a família”, declarou.

O ICCA, ressalvou, está ciente que conseguir mobilizar, sensibilizar e motivar os adolescentes em situação de risco a abraçarem oportunidades não é uma tarefa fácil, mas que irá continuar a trabalhar para ajudar os mesmos para que se sintam capazes e úteis, que podem dar o contributo no processo de desenvolvimento do país.

Por sua vez, a secretária de Estado para a Inclusão Social, Lídia Lima, considerou esta iniciativa de “extremamente importante” e com impactos positivos na vida dos adolescentes que participaram na acção de formação.

Para a governante, a promoção da inclusão social passa igualmente pela aposta na formação profissional, referindo às crianças e adolescentes em situação de rua que precisam de uma mudança de vida o mais urgente possível.

“Entendemos que de facto que estando elas numa fase adolescência tendo uma formação profissional podem mudar a sua postura, uma vez que, a formação profissional é importante para resgatar a própria autoestima das crianças porque estão em situação de rua, de maneira que, promovendo acções de formação profissional a essas crianças, podemos despertar nelas a sua capacidade de fazer coisas e de mudar a sua própria vida”, afirmou.

Reconheceu, no entanto, que este trabalho requer esforço e engajamento de todos, tendo reforçado que o Governo espera que esta iniciativa possa despertar o gosto do trabalho nos adolescentes para começarem a dar os primeiros passos no mercado de trabalho.

CM/AA

Inforpress/Fim

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