Guiné-Bissau/Presidenciais: Úmaro Sissoko Embalo confiante na vitória este domingo (c/áudio)

Cidade da Praia, 22 Nov (Inforpress) – O candidato à Presidência da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoko Embalo, disse hoje, na cidade da Praia, que está confiante na sua vitória nas eleições de domingo, 24, as quais vai disputar com mais 11 candidatos.

“Se estão a monitorizar os nossos comícios, já sabem quem será o próximo Presidente da República da Guiné-Bissau. Estou muito confiante em ser o próximo Presidente da República da Guiné-Bissau”, declarou.

O candidato do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) manifestou a sua confiança em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita efectuada esta manhã ao presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos.

Segundo o ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, naquele país ainda não há uma regra “bem clara e estipulada” para se fazer a triagem das candidaturas, permitindo que qualquer um possa ser candidato, desde que tenha um “certo número” de assinantes, vai ser nomeado por um partido.

Sendo assim, o mesmo explicou que é devido a isso que as eleições do próximo dia 24 de Novembro contam com 12 candidatos.

Instado a explicar o porquê de encontros com as autoridades cabo-verdianas numa acção de campanha, Úmaro Sissoko Embalo explicou que ele “não é um cidadão comum”, uma vez que já foi primeiro-ministro do seu país.

Esclareceu, por outro lado, que já teve encontros com Presidentes de países como o Senegal, a Nigéria, Portugal, entre outros, salientando que só faltava Cabo Verde.

O encontro com o presidente da Assembleia Nacional, avançou, teve como objectivo fazer o ponto da situação política actual da Guiné-Bissau.

Indagado pelos jornalistas sobre o facto de seus adversários estarem a comentar que ele está em Cabo Verde numa missão de tentar conseguir um apoio, nomeadamente um asilo, caso perder as eleições, Sissoko Embalo respondeu nesses termos: “Eu sou um general e um general nunca vai para o asilo”.

Revelou ainda que prefere morrer na Guiné-Bissau do que ir para o asilo. Até porque, no seu entender, Cabo Verde não é um país ideal para se fazer asilo.

“Portanto, são bocas do PAIGC (Partido Africano para Independência da Guiné Bissau e Cabo Verde), que é o mal do eixo”, asseverou, indo mais longe ao afirmar que assim como o PAIGC em Guiné-Bissau, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) é, também, “eixo do mal no seu país [Cabo Verde]”.

“Guiné-Bissau tem que mudar. Felizmente, os cabo-verdianos perceberam que o eixo do mal aqui era o PAICV”, apontou.

A mesma fonte lembrou que quando era primeiro-ministro e que falou com o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para elevarem a representação diplomática entre os dois países, o PAIGC criticou, interrogando se justifica abrir uma embaixada em Cabo Verde.

Interrogado se ele sente o apoio das autoridades cabo-verdianas, o candidato do Madem retorquiu que Cabo Verde não tem dinheiro para lhe apoiar na sua campanha.

Úmaro Sissoko Embalo alugou um avião, que, segundo ele, custou cinco mil euros, pago por um amigo, para visitar as autoridades cabo-verdianas no último dia de campanha para as eleições presidências de domingo na Guiné-Bissau.

Ao ser questionado se isso “não causa muitos gastos”, o mesmo indicou que o candidato do PAIGC “alugou um avião Airbus de Índia para Bissau, por 30 horas de voo, ao preço de 50 mil euros por hora”.

Nas vésperas das eleições na Guiné-Bissau, Úmaro Sissoko Embalo enviou uma “mensagem de paz, esperança e rumo ao desenvolvimento”.

Além dele, as presidenciais da Guiné-Bissau contam com mais 11 candidatos, nomeadamente Mutaro Itai Djabi (independente), Domingos Simões Pereira [apoiado pelo PAIGC, Vicente Fernandes [Partido de Convergência Democrática (PCD)], bem como António Afonso Té [Partido República da Independência para o Desenvolvimento (PRID)].

Nuno Gomes Nabiam [Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB)], Baciro Dja [Frente Patriótica de Salvação Nacional (Frepasna)], Carlos Gomes Júnior (independente) e Gabriel Indi [Partido Unido Social Democrático (PUSD)] são também candidatos.

Outros nomes como Idrissa Djaló [Partido da Unidade Nacional (PUN)], José Mário Vaz (independente) e Iaia Djaló [Partido Nova Democracia (PND)] também estão na disputa para a Presidência da Guiné-Bissau.

WM/ZS

Inforpress/Fim

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