Governo vai injectar três milhões de contos na TACV até 2024 para garantir estabilidade da empresa

Cidade da Praia, 23 Set (Inforpress) – O Governo vai injectar até 2024 o total de três milhões de contos na companhia nacional, Cabo Verde Airlines, período em que prevê conseguir resolver o problema de estabilidade da empresa e ser posta a reprivatização.

Esta decisão saiu da reunião do Conselho de Ministro, tornada pública hoje à imprensa pelo ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, tendo avançado que esta resolução foi autorizada pelo ministro das Finanças, enquanto representante do accionista Estado na Cabo Verde Airlines.

Ou seja, explicou o ministro, durante este período vai ser injectado a cada ano o montante de 1 milhão de contos visando salvar novamente a TACV,  por entender que esta empresa constitui  uma peça importante e estratégica para o desenvolvimento do País.

“Em 2016, como sabem, o Governo salvou a TACV da falência que já estava pré-anunciada tendo definido um quadro de reestruturação. Em 2021, após negociações com o parceiro Icelandair e tendo em conta a situação provocada pela pandemia da covid-19 o Governo decidiu novamente salvar a empresa”, lembrou.

O governante prosseguiu, explicando que a conectividade é um elemento importante, pelo que a chave de desenvolvimento do País tem a ver, no seu entender, com a conectividade.

“Somos um País com uma diáspora distribuída pelos quatro cantos do mundo, e agora depois desta pandemia demos conta que não tendo uma companhia ficamos muito mais vulneráveis com companhias a praticar preços exorbitantes”, reconheceu Carlos Santos, adiantando que o Governo quer trazer uma segunda aeronave ao País.

“Nos próximos meses queremos trazer uma segunda aeronave, porque como todos devem imaginar não é com um único aeronave que a empresa vai conseguir levantar voo de forma consistente, mas também não é só com o mercado cabo-verdiano que nós vamos viabilizar a TACV”, fundamentou.

Isto também, segundo o governante, está alinhada com a política do turismo que é a diversificação do sector, da oferta, e para isto, defendeu que deve haver uma companhia que olhe para o transporte dos turistas.

“E por tudo isto nós queremos repegar esta companhia, estabilizá-la, para quando, assim que houver as águas calmas em Cabo Verde e no mundo inteiro conseguirmos ter a possibilidade de reprivatizar esta companhia e continuar ao serviço do País”, perspectivou.

Para Carlos Santos, com esta decisão, o Governo estará a criar um quadro previsível para todos os parceiros da TACV, sejam eles clientes, fornecedores, ou próprios acionistas, mas também para a própria banca que é o credor.

“Por isso que há essa necessidade também de uma parceria clara, forte entre os trabalhadores, os acionistas, os credores, os fornecedores e clientes, para que possamos levantar a empresa e por a empresa a voar de forma consistente”, declarou.

Além desta resolução, o Conselho de Ministros aprovou igualmente, a Proposta de Resolução que aprova o Plano Nacional de Adequação às Mudanças Climáticas de Cabo Verde, designado NAP CV, no âmbito do Acordo de Paris e da Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre as mudanças climáticas, bem como, o Projecto de diploma que estabelece o regime jurídico de instalação, gestão e funcionamento dos empreendimentos turísticos de alojamento.

ET/CP
Inforpress/Fim

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