Mindelo, 29 Dez (Inforpress) – O Governo pretende efectivar o estatuto dos inspectores de pesca, estando neste momento o documento já elaborado e aguardando uma “alteração necessária” na orgânica do Ministério da Economia Marítima para ser aprovado.
A garantia foi dada hoje, no Mindelo, pela directora de gabinete do ministro da Economia Marítima, Eneida Lima, que falava em representação do ministério na cerimónia de encerramento do curso de inspectores de pesca da região do Barlavento.
A representante do Governo reconheceu a “importância” destes novos formandos para a situação de pesca no país, mas, por outro lado, assegurou que da parte do Ministério da Economia Marítima (MEM) estes podem contar com “todo o apoio e engajamento” na regularização das condições de trabalho.
E uma destas medidas, segundo a mesma fonte, vai ser aprovar e efectivar o estatuto dos inspectores de pesca, um documento que, reiterou, já está elaborado e aguardando somente uma “alteração necessária” na orgânica do ministério para ser aprovado.
Para Eneida Lima, a formação, terminada hoje com 28 formandos, está inserida nas prioridades do Governo em relação à segurança e preservação dos mares, agora garantidas com a “próxima geração de inspectores de pesca” da região norte de Cabo Verde.
“Um corpo de inspectores bem preparados técnico e humanamente tem pela frente o desafio aliciante que exigirá determinação, horizontes largos e claros para responder plenamente às necessidades económicas, sanitárias e de seguridade”, lançou.
O curso, sublinhou, coloca aos novos formandos, que têm a “responsabilidade” da garantia da qualidade e segurança alimentar, numa “posição central e de capital importância” na economia cabo-verdiana”, uma vez que, dependem deles “mais de metade das exportações do país”.
“O que faz dos inspectores pilares insubstituíveis para o combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, implementando assim medidas legais e politicas que visam garantir a saúde da população e das espécies protegidas”, sentenciou Eneida Lima, colocando também ênfase sobre a necessidade de se reduzir impactos ambientais inerentes à uma “pesca irresponsável”.
Sendo assim, conforme a mesma fonte, uma “nobre tarefa na preservação, conservação e exploração sustentável deste que é um mar de oportunidades a todos os cabo-verdianos”.
A formação resultou de uma parceria entre o MEM, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Unidade de Inspecção e Garantia de Qualidade (UIGQ).
A UIGQ, por seu lado, vê a iniciativa como contributo para a “conquista de maior capacidade e qualidade” da unidade, mas também um “elemento determinante” para a formação de jovens tendo em vista a sua “plena integração” no mundo laboral, asseverou a coordenadora, Maísa Rocheteau.
Segundo a responsável da UIGQ, também presente na cerimónia de entrega de certificados, os formandos saem “bem preparados” para assumirem a função que poderão um dia desempenhar.
Depois da formação destes 28 inspectores, a região do Sotavento vai receber também um curso nos mesmos moldes, avançou Eneida Lima.
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