Governo reconhece que “muito trabalho” de prevenção deve ser feito para reduzir situações de abuso sexual nas crianças

Cidade da Praia, 01 Jun (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reconheceu hoje, na cidade da Praia, que muito trabalho de sensibilização e de prevenção deve ser desenvolvido ainda para que se reduza o máximo possível de situações de abuso sexual nas crianças.

O chefe do Governo falava aos jornalistas, à margem da homenagem promovida pela Associação de Crianças Desfavorecidas (Acrides), às crianças envolvidas nas campanhas de sensibilização contra o abuso e à exploração sexual, no Palácio do Governo.

O momento, segundo Ulisses Correia e Silva, é de reconhecimento do “bom trabalho” que as organizações da sociedade têm vindo a desenvolver para dar o combate à exploração sexual em crianças, bem como reforçar este compromisso, visto que, argumentou, enquanto houver uma situação deve haver acção de prevenção e de combate.

“[Devemos] aproveitar esta campanha para aumentar a sensibilização. Existem elementos coercivos (…), mas muito trabalho de prevenção e sensibilização tem que ser feito junto da sociedade, das famílias, todos os agentes sociais, para que haja, de facto, um cerco e um reforço da acção para prevenir mais, reduzir o máximo possível, situações que possam depois conduzir abusos sexuais e que deixam sempre marcas para o futuro”, vincou.

De acordo com o primeiro-ministro, há que trabalhar em todas as vertentes, das vítimas aos agressores, frisando que é bom que não haja nenhuma situação, mas se houver, precisou que a punição é segura e deve ser garantida e, posteriormente, trabalhar para que pessoas, uma vez cumpridas as suas penas, possam ser recuperadas pela sociedade por forma a evitar situação de reincidência.

Ulisses Correia e Silva defendeu, igualmente, a necessidade de criar cada vez melhores condições, sobretudo no seio familiar, para que possam cuidar dos filhos com mais qualidade porque serão homens e mulheres de amanhã com responsabilidades diversas na sociedade, pelo que devem crescer em ambiente saudáveis, com oportunidades de educação, saúde e de rendimentos.

Por seu lado, a presidente da Acrides, Lourença Tavares, adiantou que, actualmente está-se a ter mais denuncias de abuso sexual nas crianças, justificada pela tomada de consciência da sociedade civil e pelos trabalhos de sensibilização, sobretudo nas escolas.

A próxima aposta da Acrides, revelou Lourença Tavares, é formar as crianças envolvidas em campanhas de sensibilização contra o abuso sexual em direitos das crianças e direitos humanos tornando-as crianças embaixadores dos direitos das crianças e dos direitos humanos.

“(…) Temos grupos de crianças que participaram nas campanhas contra o abuso sexual e nós queremos reconhecer estas crianças como crianças embaixadoras, e hoje, sendo o dia 01 de Junho, dia da criança, nada como entregá-las um certificado de reconhecimento do contributo dado para a temática do abuso sexual”, salientou.

TC/CP

Inforpress/Fim

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