Governo quer criar as condições para que o sector privado tenha uma participação mais activa em Santiago Norte

Assomada, 10 Dez (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, reconheceu hoje as potencialidades de Santiago Norte, tendo manifestado a intenção do Governo em criar as condições para que o sector privado possa ter uma presença e participação mais activa na região.

O também ministro das Finanças falava em declarações à imprensa, após partilhar com os empresários da região Santiago Norte as linhas mestras da proposta do Orçamento do Estado para 2020, que vai ser discutido na próxima sessão parlamentar.

“Nós estamos a trabalhar para criarmos as melhores condições do ponto de vista do desenvolvimento da região Santiago Norte. Santiago Norte é uma região com potencialidades a nível do turismo, da indústria, da agro-indústria, das pescas e das tecnologias, e é uma região portadora de muito conhecimento e de gente altamente qualificada”, começou por dizer o titular da pasta das Finanças.

Daí, que, segundo ele, o Governo tem que criar as condições para que o sector privado tenha uma presença e uma participação mais activa, através dos mecanismos de financiamentos existentes, da fiscalidade e do melhoramento do negócio para que os privados possam investir.

De entre os sectores a serem investidos pelos privados apontou sector da indústria, da agricultura, do comércio, da restauração, das tecnologias e ademais actividades económicas, para que, segundo o governante, estes possam vender em Santiago Norte, para a ilha de Santiago e demais ilhas de Cabo Verde que demandam por produtos, onde Santiago Norte pode ter uma mais-valia acrescida.

“Estamos a verificar que há uma confiança enorme na economia cabo-verdiana na região Santiago Norte, mas temos que melhorar o modo de funcionamento, para sermos cada vez mais facilitadores, tendo em conta que temos gente que quer empreender, inovar, criar emprego, que quer ter iniciativas empresariais”, notou o governante.

Entretanto, a mesma fonte admitiu também que há gente que precisa de um incentivo da parte do Estado, e do mecanismo de facilitação, que aliás, lembrou, estão a desenvolver e que já começaram a “dar frutos importantes” em Santiago Norte e em todas as ilhas de Cabo Verde.

“Portanto, estou muito confiante em como temos as condições para mudarmos o ‘status quo’ em Santiago Norte, incentivando cada vez mais o sector privado e qualificando os jovens de Santiago Norte”, exteriorizou.

Sobre a formação e estágios profissionais, anunciou que em 2020 cerca de 3.000 vão ser contemplados com tais programas do Governo.

“Queremos jovens cada vez mais qualificados, formados e preparados para aproveitarem as oportunidades que existem nos sectores do turismo, do comércio, da restauração, das tecnologias, da agro-indústria, mas jovens que consigam criar o seu próprio emprego, que consigam criar emprego para a sua comunidade, para os seus amigos e sua família e para as pessoas que vivem na Região Santiago Norte”, comprometeu-se o ministro.

Já os empresários do Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas (REMPE) e da contabilidade organizada apontaram o acesso ao financiamento por parte dos bancos como barreiras, tendo, por outro lado, criticado as burocracias que ainda existem para que possam ter acesso aos vários programas de financiamento existente.

O encontro, organizado em parceria com a Câmara de Comércio Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS), teve como palco o Salão Nobre da Câmara Municipal de Santa Catarina, em Assomada, e contou com presença do presidente da instituição parceira, Jorge Spencer Lima, e dos autarcas de Santa Catarina, São Miguel, e São Lourenço dos Órgãos, respectivamente, José Alves Fernandes, Herménio Fernandes e Carlos Vasconcelos.

FM/JMV

Inforpress/Fim

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