Espargos, 27 Set (Inforpress) – O ministro do Turismo, Carlos Santos, asseverou hoje que o Governo pretende alterar “consideravelmente” o perfil do turismo, diminuindo o nicho de mercado “all inclusive”, trazendo outros nichos, provocando maior impacto na vida das famílias e empresas cabo-verdianas.
Carlos Santos manifestou essa intenção, no Dia Mundial do Turismo, assinalado hoje, este ano sob o lema “Repensar o Turismo”, referindo que esse trabalho começou com a implementação do “ambicioso” Programa Operacional do Turismo (POT), com um curso de implementação de cinco anos.
O governante destacou ainda a fase de implementação de 18 aldeias turísticas espalhadas pelas ilhas mais rurais do País, bem como o programa de sustentabilidade do turismo que visa, conforme salientou, trazer medidas e outras boas práticas a nível ambiental, mas também a nível social e económico.
E, por tudo isto, diz que o Governo está a celebrar o dia 27 de Setembro, Dia Mundial do Turismo “com esperança”.
“Não só pelos resultados que tivemos nos últimos oito meses, mas também por aquilo que temos programado para o futuro e que já temos assegurado. É com algum regozijo que estamos a celebrar esse dia, repensando também, o nosso turismo, conforme lema deste ano”, observou.
Considerando que em Cabo Verde o turismo continua a contribuir com mais de 25 por cento do PIB, estribado na receita da taxa turística do primeiro semestre, que reflecte o número de turistas que entrou no País, Carlos Santos disse estar esperançado que a retoma “veio para ficar”.
“Isto é muito bom para nós. Estes números não estão espelhados de forma uniforme por todas as ilhas, mas já é um bom sinal de que Cabo Verde fez um trabalho de casa durante o período da pandemia, que foram de implementação das medidas, protocolos e regras sanitárias que levaram com que hoje o País esteja no ‘pool’ dos destinos escolhidos pelos turistas”, enfatizou.
Neste panorama, além de turistas europeus, o titular da pasta do Turismo e Transportes, destacou também os turistas cabo-verdianos, isto é, os imigrantes, que vieram visitar as suas famílias, e que, conforme analisou, acabou por “engrossar a fileira” dos visitantes que estiveram em Cabo Verde.
Por outro lado, disse registar também com agrado, uma confiança maior da parte da comunidade empresarial, onde muitas unidades hoteleiras acabaram por abrir as portas, mesmo a seguir a esta “fase mais complicada” por que passou o País.
“Ou seja, o número de quartos continua a aumentar, e a nível do Governo estamos a fazer um trabalho no sentido de melhorar aquilo que é a nossa política, reflectindo a visão que o Governo tem do turismo, que é de um crescimento sustentável em todas as ilhas, mas também de uma maior diversificação”, enfatizou.
Carlos Santos concluiu reiterando que é com esperança, com olhos postos no futuro que vê o desenvolvimento sustentável do turismo no País, não obstante os desafios do sector.
SC/CP
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