Governo promete exigir da CV Interilhas o rigor cumprimento nas rotas e horários estabelecidos

Cidade da Praia, 20 Abr (Inforpress) – O Governo vai exigir da CV Interilhas, a concessionária do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga, o rigor no cumprimento das rotas e nos horários estabelecidos, visando garantir serviços de qualidade aos cidadãos.

O executivo avançou estas garantias à imprensa durante a celebração da assinatura do aditamento ao contrato de concessão entre o Estado de Cabo Verde e a CV Interilhas, tendo revelado a existência de “um compromisso de parte-a-parte de colocar operacionais os barcos” consignados às operações.

O ministro do Mar, Abraão Vicente, esclareceu que para o feito, o Governo já criou uma equipa de acompanhamento que fará todas as ligações e as fontes, para estar muito próximo, visando criar a “mesma garantia de previsibilidade que existe na linha Mindelo/Porto Novo em todas as linhas”.

“O objectivo é garantirmos nos próximos meses a criação de um sistema modular complementar a nível nacional, com os barcos existentes. A própria concessionária e o Governo estarão atentos para colocar ao serviço das linhas novos meios, caso sejam necessários”, explicou o governante.

Abraão Vicente afiançou, ainda, que a equipa de concessão vai ser reforçada por parte do Ministério do Mar e do das Finanças com o foco na parte técnica e no acompanhamento da execução financeira, “atento às dinâmicas do mercado e a imprevisibilidade”, ressalvando que tanto a CV Interilhas como o Governo, querem prestar um trabalho de excelência.

Já o ministro das Finanças, Olavo Correia, reforçou que, para além do acompanhamento pela “competente equipa” do Governo, a concessionária vai ser seguida por uma empresa de auditoria para que o Governo possa estar seguro do montante a pagar, no quadro de um tecto máximo de 6.6 milhões de euros.

“O facto de o Estado estar no mercado, estar disponível para ir ao mercado e poder também investir nos meios de transportes marítimos vai permitir reduzir, de forma substancial, os custos financeiros que entram nos custos operacionais. A nossa ideia é trabalhar para que os custos operacionais sejam os menores possíveis e para que os impactos no cliente sejam menores em termos de preços a pagar”, esclareceu.

É que passados três anos e oito meses sobre o início da actividade concessionada, as partes acordaram sobre a necessidade de se proceder ao ajustamento de algumas regras do contrato e do seu regime, visando a adequação dos meios à satisfação das necessidades das populações e ao cumprimento das obrigações de serviço público do transporte marítimo inter-ilhas em Cabo Verde.

O aditamento do contrato celebrado esta manhã está, igualmente, virado para à optimização dos custos da operação, salvaguardando a respectiva viabilidade e, simultaneamente, as finanças públicas.

O Estado, segundo o ministro do Mar, prontamente validado pelo ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, vai alavancar a empresa concessionária para que deixe de ter dificuldades de tesouraria, cabendo à CV Interilhas, o cumprimento das linhas, nas prestação e cuidados de serviços.

Enquanto PCA da CV Interilhas, Jorge Pimenta Maurício disse que a concessionária vai operar com três barcos, designadamente Chiquinho BL, Dona Tututa e “Kriola”, ficando o fast-ferry Liberdadi, de “backup” para garantir o cumprimento das linhas, mais mobilidade interna e uma eficaz circulação de pessoas e mercadorias entre estas ilhas.

Os ajustamentos adequados à nova realidade, afiançou, sublinhando que os “accionistas estão, agora, totalmente empenhados em oferecer melhores soluções aos mercados” de modo a optimizar com segurança e sustentabilidade, visando dotar o País de rotas com garantias, serviços com fiabilidade e previsibilidade, bem como segurança.

SR/HF

Inforpress/Fim

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