Governo convida parceiros a desenharem estratégia de actuação que alinham com “Agenda 2030”

Cidade da Praia, 15 Fev (Inforpress) – O Governo convidou hoje todos os parceiros a alinharem as suas estratégias de actuação com aquilo que é a estratégia do executivo na implementação dos objectivos para “Agenda 2030”.

Esse repto foi lançado pelo director nacional do Planeamento, Gilson Pina, em representação do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, à margem do lançamento do “Diálogos Financeiros: Avaliação do Financiamento do Desenvolvimento no marco da Ambição Cabo Verde 2030 e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, que acontece de hoje até 26 do corrente mês, na Cidade da Praia.

Em 2019, segundo a mesma fonte, o Governo mapeou aquilo que são os cinco principais aceleradores dos ODS no País, nomeadamente a economia azul e integração regional, turismo e cultura, inovação e digitalização, economia verde e circular e capital humano como activos transversais.
Entretanto, sublinhou, o executivo não ficou só nesse traçar dos aceleradores, como também o enquadrou no exercício de “Ambição Cabo Verde 2030”.

Com a covid-19, sublinhou, enquanto todos os outros países estão, neste momento, a lutar para tentar recuperar dessa crise, Cabo Verde, ao mesmo tempo que luta com o seu plano de recuperação económica, traçou também a sua “Ambição 2030”.

“Neste momento, em que todos estão preocupados com a questão do perdão da dívida, todo mundo quer ver como é que nós conseguimos ultrapassar este momento, sobretudo, os países mais pobres, nós também vamos traçar uma estratégia para o desenvolvimento sustentável do nosso País, através de financiamento”, informou.

Para isso, o Governo e as Nações Unidas estão a empreender a criação do Quadro Integrado de Financiamento Nacional (INFF) como mecanismo de integração de instrumentos de financiamento e com enfoque nos aceleradores dos ODS.

A Avaliação do Financiamento do Desenvolvimento (DFA) e o INFF acabam por alinhar aquilo que nós fizemos com a missão ‘maps’ e com a elaboração do nosso Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável”, precisou.
Neste sentido, convidou todos os parceiros que participaram deste exercício para desenhar aquilo que é a sua estratégia individual para ser enquadrado na estratégia do Governo.

“A parte cabo-verdiana tem que mostrar qual é a nossa prioridade e dentro da nossa linha estratégica de Ambição 2030, quais são as nossas prioridades, quais serão as nossas linhas orientadoras, mas também todos os parceiros (..) são convidados a alinhar as suas estratégias de actuação com aquilo que é a nossa estratégia de implementação dos nossos objectivos para Agenda 2030”, frisou.

Um dos parceiros do Governo neste exercício, o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Steven Ursino, reiterou a disponibilidade do PNUD em continuar a apoiar o País no cumprimento da Ambição 2030, para um “Cabo Verde mais forte, resiliente e competitivo”.

Já a Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Graça, ressaltou o empenho do arquipélago em pilotar este exercício de procura de “novos financiamentos e financiamento inovadores” para ajudá-lo a alavancar a sua economia.
“Urge os países pensarem e a analisar, não só as suas prioridades de desenvolvimento sustentável, mas tendo em conta os recursos disponíveis, sejam privados, sejam públicos, domésticos, internacionais, para efectivamente conseguir levar a cabo essa ambição de desenvolvimento sustentável”, acentuou.

Promovido pelo Governo, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), este diálogo de duas semanas tem como objectivo reunir e auscultar todos os intervenientes públicos e privados, nacionais e internacionais, com um papel importante no processo de captação e mobilização de recursos adicionais com vista a financiar a economia pós-pandemia.

AM/JMV

Inforpress/Fim

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