Cidade da Praia, 04 Dez (Inforpress) – O ministro de Estado, Fernando Elísio Freire, destacou hoje os ganhos registados a nível de saúde em Cabo Verde, apelando a continuidade do apoio da OMS na mobilização de recursos para os países insulares na região africana.
O ministro de Estado, que é também ministro dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros e ministro do Desporto, fez estas declarações ao presidir a cerimónia de abertura da VII Reunião da Rede de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da Região Africana, que decorre de hoje a sexta-feira, na Cidade da Praia.
Fernando Elísio Freire destacou a importância do encontro, ajuntando que o mesmo irá permitir reforçar as políticas públicas entre os países insulares da região africana na construção do sistema de saúde mais resiliente com maior qualidade na prestação de serviços de saúde.
Lembrou neste contexto, as iniciativas do Governo no que se refere a implementação de políticas para a promoção e melhoria do Sistema Nacional de Saúde, salientando, ao longo destes anos, os investimentos feitos nessa área permitiram criar um sistema de saúde com capacidade de resposta face aos desafios existentes.
Entretanto, realçou que ainda permanecem “desafios importantes” para aumentar a performance e a resiliência do sistema de saúde de Cabo Verde, nomeadamente na expansão da cobertura universal de saúde, no financiamento da saúde, mais e maior qualificação dos recursos humanos, na introdução de novas vacinas, entre outros.
O governante advertiu, por outro lado, que muitos ganhos conseguidos a nível da saúde e educação podem perigar se não for feito um combate forte estratégico para fazer face as mudanças climáticas.
Os Estados dos países insulares, segundo o governante, têm uma vasta área geográfica e robustez institucional diferente, mas partilham desafios comuns que, na sua opinião, podem ser melhor enfrentados através de uma parceria e conjugação de esforços entre os mesmos.
“É preciso dizer que os chamados custos de insularidade representam custos adicionais importantes e que encarecem de qualquer tipo de intervenção. Esses desafios internos precisam se suportados num contexto de desenvolvimento favorável a nível global que propiciam o maior acesso dos países aos recursos existentes”, disse.
Para o ministro de Estado, os ganhos registados a nível mundial em matéria da saúde são visíveis, mas, no entanto, o acesso às novas vacinas de ponto de vista dos preços comercializados internacionalmente constitui ainda uma barreira para sua introdução nos países insulares e salvar vidas.
A sétima reunião dos países insulares da região africana, em que participam ministros e representantes da saúde de Cabo Verde, Cômoros, Guiné-Bissau, Madagáscar, Maurícias, São Tomé e Príncipe e Seychelles, tem como objectivo garantir a partilha de experiências entre os membros dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da Região Africana.
Visa, de igual modo, melhorar a gestão de riscos relacionados com as condições climáticas e criar sistemas de saúde responsáveis e resilientes para fazer face às doenças relacionadas com a poluição atmosférica e as alterações climáticas.
A iniciativa é promovida numa parceria entre o Governo de Cabo Verde e a Região Africana da Organização Mundial de Saúde (OMS) e conta com a presença de 40 participantes.
CM/CP
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