Cidade da Praia, 07 Set (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, garantiu hoje que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado (OE), uma verba dedicada exclusivamente ao controlo da praga dos mil pés.
O governante, que falava à imprensa à margem de um encontro que manteve com o embaixador chinês e a representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em Cabo Verde, afirmou que nesta matéria o que falta fazer é a “definição de uma estratégia clara para se poder avançar”.
“No combate às pragas, a política fitossanitária tem de produzir efeitos a curto, mas acima de tudo, a médio e a longo prazos. Precisamos controlar pela via da chamada luta integrada, essencialmente, pois, as pragas existem em todo o mundo”, enfatizou.
Conforme o ministro da Agricultura e Ambiente, nos dias de hoje fala-se da lagarta do milho, mas no país existiu o “bicho preto” que, segundo disse, fez razia no passado.
A lagarta do milho, realçou, nem de longe chegou à situação do passado com o “bicho preto”.
No que se relaciona às pragas, Gilberto Silva é de opinião que o que importa é o controle, permanentemente, para que possa haver produção em condições razoáveis.
“Não temos ideia de espalhar produtos químicos por todo o país para eliminar as pragas porque assim estaríamos a eliminar outros insectos que são benéficos como o caso das abelhas, que contribuem, de forma determinante, para a polinização das plantas”, explicou, apontando ainda o problema dos resíduos de pesticidas nas águas e solos que, de certa forma, pode influenciar “muito negativa” na saúde do ecossistema e humano.
Em relação à lagarta-do-cartucho do milho, avançou que a boa novidade é a produção do inimigo natural já introduzido em três ilhas mais agrícolas do país, Fogo, Santo Antão e Santiago.
Em Santiago, informou que a disponibilização dos inimigos naturais tem sido feita regularmente, assim como a sua disseminação na natureza, ou seja, nas culturas.
“Temos constatado no terreno de que onde se fez este o combate no ano passado, este ano está-se em melhores condições em termos fitossanitários. Um outro ganho é a tomada de consciência dos agricultores na participação nas campanhas para o controle das pragas”, referiu.
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