Monróvia, 26 Nov (Inforpress) – O Grupo Inter-governamental de Acção contra o Branqueamento de Capitais na Africa Ocidental (GIABA) realiza, de hoje até quinta-feira, em Monróvia, Libéria, um seminário regional sobre jornalismo de investigação de crimes económicos e financeiros para jornalistas.
O evento, que conta com a participação de representantes de todos os 15 países integrantes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), visa capacitar os profissionais da mídia para denunciarem crimes económicos e financeiros nos respectivos países.
Durante três dias os jornalistas vão ter a oportunidade de conhecer técnicas e experiências que lhes ajudarão a produzir reportagens e artigos sobre questões relacionadas com a luta contra o branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.
Na sessão de abertura, presidida pelo ministro Adjunto das Finanças e Assuntos Fiscais da Libéria, o representante do director-geral do GIABA, Alphonssyni Damanka, assinalou que o branqueamento de capitais é um fenómeno complexo que gera consequências graves sobre o desenvolvimento político, social e económico dos países no mundo.
“Facilita o crime e a corrupção que são prejudiciais para o desenvolvimento sustentável. Em particular, o branqueamento de capitais prejudica o desenvolvimento das instituições”, sustentou.
Alphonssyni Damanka, que leu a mensagem do director-geral, que esteve ausente por motivos de agenda, lembrou que em conformidade com seu mandato, o GIABA vem realizando acções de conscientização e programas para profissionais da mídia desde 2009, resultando no estabelecimento de 2010 em Abuja, de uma rede regional de investigações jornalistas especializados em denunciar crimes económicos e financeiros.
Além disso, acrescentou que o Plano Estratégico 2016-2020 desenvolvido pelo GIABA, concentra-se na obrigação de fazer intervenções regionais mais eficazes do reforço dos esforços de luta contra branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo e também ao nível do fortalecimento do compromisso de actores não estatais e sectores críticos que desempenham papéis cruciais no implementação de medidas.
Para esse fim, salientou a necessidade de uma colaboração mais próxima e produtiva com a mídia, pois, considera que a mesma constitui uma das principais fontes de informação e inteligência para os formuladores de políticas e o público em geral.
“Obviamente, a mídia tem um papel vital a desempenhar no processamento de informações gerais e informações factuais sobre a criminalidade e disseminação de pesquisas e estudos sobre o combate ao crime organizado transnacional”, realçou.
Na perspectiva do director-geral do GAIBA este workshop é uma demonstração da firme determinação da instituição em prosseguir e fortalecer sua aliança com os actores da mídia na adopção de medidas colectivas contra crimes de todos os tipos que ameacem os Estados membros.
Durante o encontro perspectiva-se ainda o reforço da rede de jornalistas que divulgarão informações verdadeiras sobre os sistemas de luta contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
MJB/CP
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