Cidade da Praia, 10 Dez (Inforpress) – A gestora da Escola Secundaria Pedro Gomes, na Cidade da Praia, considerou hoje “importante” o projecto “Namoro Ku Love” e apelou aos jovens a denunciaram casos de maus tratos no namoro.
Constantina Afonso fez essas considerações no acto de lançamento do projecto desenhado pela Associação Cabo Verdiana de Luta Contra Violência Baseada no Género (ACLCVBG), financiado pela embaixada da Holanda e CV Telecom e que tem como objectivo registar relatos de jovens sobre casos de VBG.
“A nossa escola realizou um trabalho interessante, no ano passado, sobre direitos que nos fez vencedor do prémio escola amiga dos direitos humanos, pelo que esperamos no mês de Julho de 2020 apresentar um bom trabalho sobre VBG na adolescência”, disse.
A gestora enalteceu a parceria que a escola tem vindo a ter com a ACLCVBG e apelou aos professores e alunos das salas escolhidas para a implementação do projecto piloto (8º e 11º anos) a fazerem “bom proveito” da iniciativa.
A impulsionadora do projecto e presidente da ACLCVBG, Vicenta Fernandes, começou a sua intervenção explicando aos presentes sobre os objectivos do “Namoro Ku Love”, sublinhado tratar-se de um trabalho que visa promover a consciencialização critica entre os jovens quanto a temática violência.
“Com este projecto queremos aumentar o envolvimento das escolas na promoção da consciencialização contra VBG por meio de forma participativas”, afirmou, alegando que a apresentação do projecto no Dia dos Diretos Humanos e no encerramento dos 16 Dias de Activismo contra a Violência de Gênero é um compromisso da associação de trabalhar por um Cabo Verde livre de violência.
Por sua vez, a representante da CV Telecom avançou que a empresa se associou ao projecto por acreditar na iniciativa que visa capacitar os jovens na promoção da igualdade de género.
“O trabalho pela igualdade deve ser feito por todos, e o facto de se levar essa temática pertinente às escolas é de suma importância, pois, a escola é promotora de valores e nesse sentido deve ser coerente com os compromissos com a igualdade de género”, acrescentou Ariana Filhado.
O projecto “Namoro ku Love” tem uma duração de um ano e é financiado pela Embaixada da Holanda e a CV Telecom.
Um estudo sobre violência no namoro no meio académico cabo-verdiano apresentado este ano, indicou números que mostram que um em cada quatro estudantes universitários já usou da força física e mais de metade recorreu à violência psicológica.
PC/CP
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