Cidade da Praia, 11 Mai (Inforpress) – O presidente da Fundação Amílcar Cabral (FAC) afirmou hoje que o protocolo rubricado com a Universidade de Santiago (US) irá permitir fazer “um grande trabalho” sobre o legado de Amílcar Cabral e a história de Cabo Verde e africana.
Pedro Pires fez estas afirmações à imprensa durante a cerimónia de assinatura do protocolo entre a FAC e a Universidade de Santiago realizada hoje, e realçou que esta parceria irá reforçar o estreitamento de laços e o desenvolvimento de actividades de cooperação conjunta.
“Não é a primeira vez, nem o começo dessa cooperação, desse trabalho conjunto e comum, mas é a sua formalização através de um protocolo para a Fundação Amílcar Cabral. É algo muito importante porque no quadro do trabalho, que estamos fazendo na organização e preparação do centenário de nascimento de Amílcar Cabral e há uma parte que é dedicada ao trabalho conjunto com as universidades cabo-verdianas”, declarou.
Segundo o presidente da FAC, essa preparação e organização das actividades ligadas ao centenário de Amílcar Cabral é “algo importante”, considerando, no entanto, que o mesmo é “trabalhoso, exige tempo, programação, cooperação e parcerias”.
Reconheceu que a FAC está ciente dessas necessidades e das suas próprias limitações, realçando que a perspectiva é de ir em direção às entidades na mobilização de parcerias, para que este evento seja um acto com “dignidade, dimensão, utilidade e impacto” nacional e internacional.
“É para nós uma enorme satisfação a assinatura deste protocolo e manifestamos a nossa convicção, que vamos fazer um grande trabalho sobre Amílcar Cabral, sobre a história de Cabo Verde, e africana e vamos prestar ao nosso país uma contribuição importante, que será alvo muito bom para todos nós”, asseverou, afirmando que esta iniciativa irá contribuir na realização de um trabalho de “grande importância intelectual, académica, historia e politica” para Cabo Verde.
Por seu turno, o reitor da US, Gabriel Fernandes, destacou a parceria existente entre as duas instituições, sublinhando que a FAC tem trabalhado ao serviço de uma causa, com “trabalhos meritórios” de preservação de memória e optimização de legados.
“A US abraçou prontamente essa parceira e se coloca à disposição da FAC para a celebração do centenário de Amílcar Cabral, mas também para várias outras actividades que reforcem esse legado de Cabral, de homens e mulheres que ao longo de séculos batalharam para que Cabo Verde fosse um país viável”, afirmou.
A US, prosseguiu, quer acima de tudo funcionar como “uma espécie de amparo académico” na realização de pesquisas, promoção de eventos, disseminação de conhecimento em torno do processo emancipatório, da sociedade cabo-verdiana e de um futuro que se impõe construir.
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