Cidade da Praia, 02 Nov (Inforpress) – O frei Gilson Fred defendeu hoje que é preciso uma política mais aberta, em vários campos, para se conter a criminalidade entre a juventude cabo-verdiana e evitar que o país chegue a “situações extremas”.
O religioso, que falava à imprensa, no âmbito de uma conferência sob o tema ‘’Os desafios dos jovens africanos no século XXI e as propostas do Papa Francisco’’, na Cidade da Praia, considerou que a criminalidade entre a juventude no país pode estar relacionada com uma certa “injustiça social” e outros factores.
“Não se pode atribuir a criminalidade que nós temos tido a um factor só. São vários factores que se conjugam, mas eu acho que os nossos políticos têm manifestado preocupação. Não basta manifestar preocupação, naturalmente, é preciso uma política muito aberta em vários campos para conter a criminalidade”, advogou.
Lembrou que há países em América do Sul que se tornaram “extremamente violentos”, mas através da arte, da cultura, do deporto, do emprego e da religião, conseguiram superar essa fase crítica de violência.
No entanto, afirmou que Cabo Verde ainda não chegou a um “estado extremo”, mas que os sinais que são dados, de tempo em tempo, indicam que é possível chegar ao extremo.
Para que o país não chegue lá, o frei Gilson Fred defendeu que todos devem agir e em todos os ângulos.
“(…) Todos temos soluções quando todos nos juntarmos para propor aos jovens um caminho alternativo, portanto a igrejas, a política, com exemplos e com políticas sérias e de promoção do homem e da mulher cabo-verdiana”, concluiu.
Cabo Verde, mais precisamente a Cidade da Praia, registou, nas últimas duas semanas, quatro casos de homicídio.
AM/CP
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