Fórum WASAG: FAO destaca liderança de Cabo Verde na agricultura em contexto de escassez de água

Cidade da Praia, 07 Fev (Inforpress) – A representante residente da FAO, Ana Touza, enalteceu hoje a liderança de Cabo Verde a nível da sub-região em termos de prática de agricultura em contexto de escassez de água, com resultados positivos para a segurança alimentar.

Aquela responsável, que falava aos jornalistas no âmbito do II Fórum Internacional da WASAG sobre escassez de água na agricultura, recordou que há muitos anos que Cabo Verde vem adoptando técnicas inovadoras para a irrigação, nomeadamente a rega gota-a-gota.

“Há muitos ano que está a ter uma liderança em tudo que seja irrigação e rega gota-a-gota e agora está a utilizar mais uma tecnologia de inovação é que o uso de água dessalinizada que começou ontem com o projecto do Governo, e ainda e temos a utilização das águas residuais”, apontou.

“Todas as hortícolas, produção fruteira que temos no mercado é o resultado de todo o trabalho que fazem os camponeses, os produtores, o Governo e o sector privado para disponibilizar alimentos frescos na mesa dos cabo-verdianos. Portanto, é o resultado de todas as execuções e o impacto será na melhoria da nutrição”, disse.

Ana Touza perspectiva que o fórum WASAG vai ter um “impacto importantíssimo” na forma de pensar as estratégias de luta contra a seca e escassez da água em Cabo Verde.

“Temos a presença de muitos especialistas científicos de todo mundo que vão partilhar as boas práticas e novas tecnologias. Será uma partilha muito grande de experiências e de novas tecnologias. São muitas experiências que depois podem ser usadas para reverter alguma situação que está a acontecer em Cabo Verde, como a seca, sobretudo”, acrescentou.

O II Fórum Internacional WASAG, que tem como tema “tornar a agricultura resilientes às alterações climáticas”, decorre no Centro de Convenções da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), na Cidade da Praia, e conta com a participação de técnicos e especialistas de mais de uma centena de países que assistem ao evento de forma presencial e ‘online’.

Durante quatros dias vão estar em debate temas como agricultura biossalina, sistemas de irrigação pressurizada, água e migração, agricultor inclusivo, seca, inovação, tecnologia, dados, ciência, água e nutrição.

O evento visa, entre outros, mobilizar compromissos políticos para acelerar as acções estratégicas, incluindo as políticas públicas e investimentos necessários para enfrentar a escassez de água na agricultura e formular mensagens assertivas sobre a escassez de água na agricultura nos principais eventos internacionais.

Na abertura do encontro, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, pediu a aceleração das medidas de adaptação e de transformações estruturais para o aumento da resiliência e o desenvolvimento sustentável, sublinhando que o problema climático é uma realidade grave que não pode esperar.

“O conhecimento científico e técnico, a cooperação e disponibilidade de recursos financeiros são determinantes para a construção de respostas estruturais para uma melhor gestão da água e da escassez hídrica, tendo em vista uma maior produção e a resiliência do sector agroalimentar face aos efeitos das mudanças climáticas”, sustentou.

MJB/CP
Inforpress/Fim

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