São Filipe, 17 Jul (Inforpress) – A Comissão Politica Regional do PAICV (oposição) considerou hoje que a visita que o primeiro-ministro, José Ulisses Coreia e Silva, efectua à ilha, em plena pandemia, é para confirmar o falhanço do seu Governo para com o Fogo.
Em conferência de imprensa, realizada hoje, para denunciar o “falhanço do Governo com os compromissos assumidos” para com a ilha, o membro da Comissão Regional do PAICV (CRP-PAICV) Euclides Fernandes avançou que os quatro anos de governação foram negativos e que a deslocação do primeiro-ministro, em plena pandemia, e sem uma agenda de Chefe do Governo, veio confirmar o falhanço.
“O primeiro-ministro decidiu visitar a ilha, com uma extensa comitiva, em plena pandemia, para acompanhar os presidentes das câmaras na inauguração de algumas obras municipais”, referiu Euclides Fernandes, sublinhando que quando “apela a todos para contribuírem para não propagação do vírus, é o próprio primeiro-ministro e o seu Governo os primeiros a não dar exemplo”.
Para o PAICV, o chefe do Governo está mais preocupado com as eleições autárquicas do que em salvar as pessoas e em ajudar o país, esperando que a visita não seja apenas para programar obras de improviso, com fins meramente eleitoralista.
Euclides Fernandes fez questão de destacar a importância das obras municipais, mas advogou que a ilha carece de “obras estruturantes” para alavancar o seu desenvolvimento.
Para o PAICV, é importante relembrar a todos que as “obras estruturantes” prometidas à ilha durante a campanha eleitoral ainda não foram iniciadas.
No rol das obras que ficaram por realizar, indicou as de transformação do aeródromo de São Filipe num aeroporto internacional, a instalação do Ensino Superior para a ilha, a construção de um centro de saúde de primeiro nível, devidamente equipado e provido de recursos humanos qualificados, construção do porto de pesca nos Mosteiros, construção da adega de Chã das Caldeiras e o novo assentamento para a população deslocada de Chã, de entre outras.
Para a CPR do PAICV, por esta altura, a câmara de São Filipe devia estar a inaugurar uma rede de esgotos para a cidade de São Filipe, a deslocalização da lixeira municipal, a reabilitação do núcleo histórico, o projecto de Salinas, de águas para Campanas de Cima, além de outros projectos, e não convidar o primeiro-ministro para inauguras obras municipais e lançamento de outras com objectivo eleitoralista.
“Todos os projectos importantes para o desenvolvimento de São Filipe foram adiados sine dia por esta câmara municipal e por este Governo”, referiu Euclides Fernandes, observando que com esta postura São Filipe e a ilha perdem e o desenvolvimento fica adiado.
JR/JMV
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