Fogo: Técnicos do hospital Agostinho Neto inteiraram-se das condições para instalação de ala de hemodiálise

São Filipe, 23 Jan (Inforpress) – Uma equipa técnica do serviço de hemodiálise do hospital Agostinho Neto chega domingo, 24, ao Fogo para ver as condições e as necessidades para instalação de uma ala de hemodiálise para situações de urgência.

A informação foi avançada à Inforpress pelo director do hospital regional São Francisco de Assis, Evandro Monteiro, que indicou que a equipa é integrada por um enfermeiro e uma técnica do serviço de hemodiálise do hospital Agostinho Neto.

Os técnicos fazem parte de uma “task-force” do Ministério da Saúde e Segurança Social com pontos focais em todos os hospitais de Cabo Verde, centrais e regionais, com objectivo de implementar serviço ou alas de hemodiálise, sendo que o hospital São Francisco de Assis será o primeiro a ser contemplado com o projecto.

A visita da equipa é para se inteirar das reais condições reais e eventuais necessidades de adaptação interna do próprio hospital para poder ter um espaço adequado, para que este serviço comece a funcionar “o quanto antes”.

Evandro Monteiro avançou que pelas informações recebidas do responsável do serviço de hemodiálise do hospital Agostinho Neto existem equipamentos a nível do País e, para a instalação da ala de hemodiálise, o hospital necessitaria de dois enfermeiros e de um médico, que pode ser um internista, um clínico geral ou outro especialista que tenha habilidade.

Os enfermeiros para este sector estão identificados e após o reconhecimento do espaço e da sua adaptação, passa-se para a fase formativa com duração de três meses dos enfermeiros, sublinhando que a nível do pessoal médico existem técnicos que poderão exercer esta função.

“O objectivo é ter uma ala de hemodiálise para situação de urgência”, destacou Evandro Monteiro, indicando que esta se destina a pacientes com necessidade hemodiálise, já que a insuficiência renal crónica é uma complicação motiva por muitas outras patologias associadas, entre elas a diabetes, a hipertensão, o rim-policístico e a infecção urinária crónica.

Assim, este serviço funciona para situações agudas de insuficiência renal para estabilizar o paciente antes da sua transferência para o serviço de hemodiálise do hospital Agostinho Neto, que é o hospital de referência da ilha do Fogo.

Para o director do hospital trata-se de uma “boa iniciativa” porque neste momento existem pacientes da ilha com insuficiência renal em tratamento no País e no exterior, acrescentando que havendo uma resposta local será “uma mais-valia” para ajudar e dar melhor respostas e trazer mais satisfação aos utentes dos hospitais.

O clínico sublinhou que é para dar resposta a uma situação aguda de urgência, permitindo assim a transferência do paciente em melhores condições, lembrando que ocorrer problemas transportes e outros que poderão complicar a situação clínica do próprio paciente, que muitas vezes pode funcionar como uma dificuldade ou entrave a própria transferência para o hospital Agostinho Neto, na Cidade da Praia.

Neste momento, de acordo com dados estatísticos, dos 165 pacientes em tratamento no serviço de hemodiálise do hospital Agostinho Neto, 07 por cento (%) são da ilha do Fogo e 2% da ilha Brava.

Evandro Monteiro avançou que o espaço físico não constitui problema e que se houver necessidade da sua adaptação, o que disse “não acreditar”, fará as intervenções necessárias para ter um espaço adequado e equipado para que se faça este serviço e o trabalho em melhores condições.

JR/AA

Inforpress/Fim

 

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