São Filipe, 23 Mar (Inforpress) – Os Sindicatos da Administração Pública (Sintap) e da Indústria, Comércio e Turismo (Sicotur) parabenizam os trabalhadores dos centros de emprego e formação profissional do país pela vitória conseguida com a realização da greve de dois dias.
O secretário permanente do Sintap, Luís Lima Fortes, acompanhado do presidente, Jorge Coelho, disse, ao fazer o balanço da greve de dois dias, que a vitória conseguida foi através de “uma luta incansável, de muito desgaste”, mas que os sindicatos continuam “firmes e decididos” até ao último momento e com a certeza de que os trabalhadores terão um emprego com carreira e com os seus direitos laborais salvaguardados no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
Este indicou que a tomada de decisão para partir para a greve de dois dias, depois de três pré-avisos de greve, foi tomada pelos trabalhadores do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) devido à não homologação e publicação da lista de transição para o novo PCCS.
A envolvência a nível nacional foi de 80 por cento (%) e em alguns centros, como o do Fogo foi de 100%, salientando que apenas na sede do IFEP a percentagem foi de zero por cento.
Luís Lima Fortes avançou que no segundo dia da greve, os sindicatos receberam a lista de transição homologada, satisfazendo as reivindicações, mas que continuaram com a greve porque, explicou, ainda a lista não foi publicada no Boletim Oficial.
“É facto que ainda hoje não temos a lista publicada, mas temos informações da Imprensa Nacional de que o documento está pronto para ser publicado”, disse o secretário permanente do Sintap, sublinhando que a lista não teve em conta as reclamações dos funcionários e, por isso, vai-se passar por um outro tipo de luta, através dos tribunais e que os sindicatos vão apoiar todos os trabalhadores afectados que pretendem avançar para o tribunal.
Este lembrou que foram três anos para se criar o PCCS para a instituição que, segundo o mesmo, durante as várias fases de negociação não estava a dar a devida consideração à carreira dos trabalhadores e que estes avançaram para a greve porque não estavam a acreditar mais no IEFP que pedia mais alguns dias, mas que no segundo dia da greve homologou a lista.
Durante a greve os sindicatos e os sindicalistas foram atacados de “forma mais baixa, numa atitude de desconsideração do papel dos sindicatos no processo de construção e de elevação da democracia”, referiu a mesma fonte, lembrando que o propósito dos sindicatos é defender os direitos dos trabalhadores e incentivando-os a cumprir com seus deveres.
Os sindicatos, explicou, continuam atentos e disponíveis para apoiar os trabalhadores na busca de justiça social e por qualquer tentativa de represália por parte do IEFP.
Os sindicatos parabenizam o IEFP pelo facto de, agora, poder melhor fazer a gestão dos recursos humanos, através de um conjunto de normas que configuram o PCCS.
O balanço da greve foi feito a partir da ilha do Fogo porque estes responsáveis do Sintap estão a visitar todos os centros de emprego e o sindicato pode criar delegações nas ilhas, referiu Luís Lima Fortes, salientando que a visita é para contactar os sócios do Sintap e falar de perto com eles, à semelhança do que aconteceu nas outras ilhas.
JR/ZS
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