Fogo: Secretário de Estado Adjunto reconhece trabalho da RTC e Inforpress mas admite necessidade de mais investimentos

São Filipe, 21 Out (Inforpress) – O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, disse hoje, ao visitar as instalações da Inforpress e da Radiotelevisão Cabo-verdiana (RTC), que valoriza o trabalho desenvolvido mas reconheceu que há a necessidade de mais investimentos.

“Valorizamos e reconhecemos o trabalho que tem sido feito ao longo dos anos e que permitiu às comunidades terem mais voz e o país e a diáspora conhecerem os problemas do Fogo e as suas potencialidades para elevar a cultura dos foguenses e promover a ilha no plano interno e externo”, disse Lourenço Lopes.

Enquanto isso o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, que coordena o sector da Comunicação Social, admitiu que há muito mais ainda por fazer para promover a história, a cultura e o potencial que a ilha tem, lembrando que a comunicação social pode desempenhar um papel importante na divulgação e na mobilização da sociedade para as grandes questões da ilha, apontando como exemplo o projecto estruturante que o Governo pretende implementar e que está relacionado com a criação da Zona Económica Especial de Vulcanologia.

Lourenço Lopes referiu que a visita, cujo objectivo era inteirar-se do funcionamento da RTC e da Inforpress, disse ter constatado a necessidade de investir mais, quer na RTC como na Inforpress.

A nível da RTC este apontou investimentos nos recursos humanos e materiais para uma melhor cobertura da ilha do Fogo e de uma efectiva cobertura da Brava, o que passa, no mínimo, segundo a delegada da RTC em São Filipe, Anabela Varela, por ter mais um jornalista e mais duas câmaras.

Em relação à Inforpress, Lourenço Lopes sublinhou que há a necessidade de reforçar as condições de trabalho, sobretudo com a resolução do problema da mobilidade, sublinhando que a agência de noticiais, que fornece informações credíveis aos outros órgãos, precisa chegar à fonte com maior facilidade, sobretudo num período em que as pessoas são confrontadas com “noticias falsas”.

“Há a necessidade de uma maior mobilidade da Inforpress para que os concelhos da região tenham igualdade em termos de acesso e cobertura jornalística, que não deve resumir aos eventos políticos e culturais, mas dar mais voz às comunidades locais, promover todo o potencial económico, turístico e garantir igualdade de oportunidades a todos os concelhos”, referiu.

Segundo o governante, os jornalistas, quer no Fogo como nos demais concelhos, devem ter as melhores condições de trabalho e prometeu, assim que as condições melhorarem com a retoma económica, e em concertação com a administração dos órgãos, melhorar as condições de trabalho, sublinhando que o objectivo do Governo é apostar na independência da comunicação social face ao poder político e que os jornalistas sejam isentos e produzam com excelência.

“A comunicação social é um dos pilares fundamentais do Estado de Direito Democrático e as últimas eleições presidenciais demonstraram isso”, disse Lourenço Lopes para quem existe uma total abertura do Governo para o diálogo com a classe jornalística no sentido de se encontrarem as melhores soluções para o sector.

A delegação da RTC vai completar, no mês de Abril de 2022, 15 anos de uma presença efectiva na região Fogo/Brava enquanto a Cabopress/Inforpress tem uma presença de mais de 30 anos já que começou a funcionar a 12 de Fevereiro de 1990.

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro encontra-se na ilha para representar o Governo nas cerimónias fúnebres do padre italiano, Orfeo Guerrino Marchesan, de 80 anos, que acontece na tarde de hoje no cemitério de São Lourenço e na sexta-feira fará uma visita ao presidente da Câmara de São Filipe, Nuías Silva.

JR/HF

Inforpress/Fim

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