São Filipe, 19 Nov (Inforpress) – O presidente reeleito da câmara de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes, admitiu hoje que se os resultados eleitorais fossem proporcionais aos ganhos conseguidos no último mandato venceria de forma “tranquila e serena”.
Na sua intervenção após a investidura para um segundo mandato na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Alberto Nunes indicou que a maioria julgava uma vitória tranquila em que o voto popular espelhava o reconhecimento pelos ganhos conseguidos, sublinhando que a eleição de 25 de Outubro não foi aquela que esperava, na medida em que “faltou a ética e a cidadania responsável” para o embate político na democracia.
Depois de enumerar os investimentos e ganhos conseguidos pela sua equipa nos últimos quatro anos, nos sectores de educação, acessibilidade, requalificação urbana, espaços verde e habitação social, entre outros, prometeu, em parceria com o Governo, reconstruir “um novo Chã das Caldeiras” com “melhor acessibilidade, mobilização de água, infra-estruturas educativas, iluminação pública e domiciliária”, de entre outras.
Alberto Nunes salientou que, à semelhança do primeiro mandato, continuará a promover uma gestão de “proximidade, lealdade, menos partidarização e mais igualdade e cidadania”, visando mudar o ambiente físico, social e económico do município.
A requalificação de todas as escolas do ensino básico, secundária e jardins-de-infância e equipá-las com materiais informáticos e Internet no horizonte 2022, para combater a exclusão social e digital, a requalificação da orla marítima de Alcatraz, a requalificação urbana de Cova Figueira, “com financiamentos garantidos”, são apostas para o mandato que hoje se iniciou.
No sector agrícola, a aposta é para a implementação do projecto de fruticultura, sem esquecer o da pecuária, sector que o município tem “grande potencial”, disse, através da continuação do projecto de raças melhoradas, reforço de recolha de pasto e de financiamento de acções empreendedoras.
Alberto Nunes destacou a forma de relacionamento institucional do Governo com os municípios e disse acreditar que através da boa relação entre os dois níveis do poder o município de Santa Catarina sente-se “uma parte do território nacional”, já que é possível “crescer e desenvolver localmente” para desenvolver de forma “harmoniosa e sustentável” o País.
Prometeu “trabalhar arduamente” a partir de agora para que, em 2024, Santa Catarina seja “uma referência” a nível regional e nacional.
Para tal defendeu aposta na capacitação dos recursos humanos e criação das condições para que todos que ambicionam ver Santa Catarina em outros patamares de desenvolvimento possam trabalhar e contribuir para a concretização desta meta.
“O nosso município só poderá desenvolver quando o seu desenvolvimento está acima de qualquer interesse pessoal e político-partidário”, disse Alberto Nunes, sublinhando que tem uma “equipa capaz e com vontade de trabalhar”, e que está a montar “uma equipa técnica competente e conhecedora da realidade”, além de um “programa exequível” para os próximos quatro anos.
O presidente reeleito da assembleia municipal, Luís Alves, por seu lado, prometeu colaboração institucional na aprovação dos instrumentos de gestão.
Este indicou no seu discurso que “quem ganha não é nenhum dos eleitos de forma pessoal, mas é Santa Catarina”, sublinhando que os ganhos da democracia local “são uma obrigação de todos”, assim como de ter uma Santa Catarina “mais equilibrada, mais justa, mas forte e próspera”.
Em sintonia com as demais instituições locais e nacionais e com a população residente e na diáspora, Luís Alves mostra-se disponível a trabalhar para levar Santa Catarina ao “porto de desenvolvimento” e a um “patamar que a ilha do Fogo precisa e Santa Catarina merece”.
A Mesa da Assembleia Municipal de Santa Catarina foi eleita nesta primeira sessão com Luís Alves a ser reeleito, coadjuvado por duas mulheres, Raquel Fernandes da Veiga (vice-presidente) e Fátima Andrade Pires (secretária).
A mesa foi proposta pelo grupo do Movimento para a Democracia (MpD), proposta única, já que o PAICV não avançou qualquer proposta, que mereceu oito votos favoráveis e quatro abstenções.
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