São Filipe, 25 Nov (Inforpress) – A operação de trasfega de combustíveis do navio Deimos, encalhado desde o dia 13 no porto de Vale dos Cavaleiros, foi concluída hoje, por volta da 14:00, com retirada de mais de uma centena de toneladas de combustíveis.
O vogal executivo do Instituto Marítimo Portuário (IMP), Manuel Claudino Monteiro, ao fazer ponto da situação da operação, indicou que a mesma foi concluída às 13:50, “com sucesso”, com retirada de 110 mil e 200 litros de combustível e aguaoleosa que se encontravam a bordo do Deimos.
Até terça-feira tinham sido retirados 89 mil litros e hoje mais três mil e 500 litros (92.500) de gasóleo tendo o rebocador Monte Cara, que deixou terça-feira o porto de Vale dos Cavaleiros, levado a maior parte do combustível limpo cativo, cerca de 64 mil litros.
Além do combustível limpo, na operação foram retirados mais 17 mil e 600 litros de gasóleo misturado com água e óleo e que pode ser utilizado após algum tratamento, disse o vogal, sublinhando que é este o resultado do trabalho que se iniciou no dia 13 de Novembro, dia do encalhe.
Quanto a remoção do navio Deimos, Manuel Monteiro referiu que no sinistro marítimo há um plano de salvamento que foi elaborado por uma equipa especializada já submetido à seguradora do navio, observando que é um aspecto contratual que as autoridades marítimas nacionais não entram a não ser quando o plano estiver aprovado pela seguradora já que a empresa contratada terá que submetê-lo à aprovação das autoridades marítimas nacionais.
A equipa especializada encontra-se ainda na ilha do Fogo e está em contacto com as autoridades marítimas sobre possibilidade de o navio ser removido, observou o vogal executivo do IMP, indicando que “há solução técnica” e que espera que haja um acordo comercial para o salvamento do navio e da carga e assim liberar o porto.
Esta questão, conforme informou, é obrigação da seguradora e do armador de repor a situação anterior na zona portuária e a remoção terá que ser feita.
Questionado sobre o ‘timing’, o responsável do IMP advogou que dependerá da empresa que irá fazer o trabalho e, por isso, não pode pronunciar neste momento sobre o tempo, mas acredita que será “o mais breve” possível.
“Há o aspecto comercial, o aspecto técnico está equacionado pela equipa que elaborou o plano e contamos que em menos de 30 dias se faça este trabalho de remoção do navio por causa do tempo”, disse.
Manuel Monteiro aproveitou a ocasião para agradecer, em nome do IMP, a todos os técnicos e pessoas das várias empresas e instituições que estiveram envolvidas na operação de trasfega de combustíveis do navio, encalhado desde o dia 13 de Novembro.
JR/CP
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