São Filipe, 28 Jul (Inforpress) – O investimento na construção da adega definitiva de Chã das Caldeiras, cujo projecto foi apresentado há mais de dois anos, depende do consenso das associações de agricultores desta localidade, disse o deputado Filipe Santos.
O parlamentar para o círculo eleitoral da ilha do Fogo pela lista do Movimento para a democracia (MpD-situação), que fazia o balanço do estado da nação com destaque para a ilha do Fogo, disse que “a construção da adega definitiva depende essencialmente das associações dos agricultores de Chã das Caldeiras que não estão a chegar a um consenso na definição do que querem”.
Segundo o mesmo, o adiamento dos investimentos é mais por culpa das associações dos agricultores de Chã das Caldeiras que, no dizer do mesmo, “não estão a ter um consenso na definição do local e na organização administrativa da futura adega definitiva”, observando que se tratando de um investimento público só aconteça após o necessário consenso entre as associações de Chã.
A adega definitiva, segundo o projecto socializado há dois anos terá uma capacidade para transformar 750 toneladas de uvas, perto de meio milhão de litros de vinho e representa um investimento de perto de 400 mil contos.
Para Filipe Santos, o Governo do MpD tem estado a cumprir com a ilha do Fogo e os resultados estão à vista de qualquer um e é mensurável, embora reconheça que nem tudo está feito.
O parlamentar enumerou um conjunto de projectos concluídos ou em curso nas várias vertentes, desde educação, passando pela saúde, segurança pública, habitação social, abastecimento de água, no sector social.
A nível da habitação este indicou que o Governo priorizou mais de 500 famílias da ilha que viviam em situação de precariedade habitacional, tendo investido mais de 300 mil contos na reabilitação das casas a nível dos três municípios em parceria com as autarquias.
No domínio de saúde apontou investimento na aquisição de equipamentos modernos para exames complementares, reforço das estruturas com mais médicos, enfermeiros e especialistas, com impacto na vida das pessoas e na redução de transferência de doentes para a cidade da Praia.
Já no domínio das pescas, Filipe Santos salientou que em parceria com organizações não governamentais, avultados investimentos foram realizados na construção de casas de pescadores, acesso a portos de desembarque de pescados.
No sector da água este indicou que o Governo investiu mais de 200 mil contos na mobilização de água através de realização de furos e do seu equipamento com recursos a energia renovável, a implementação do projecto hidroagrícola na zona sul orçado em cerca de 70 mil contos, assim como os projectos de extensão de rede pública de abastecimento de água à zona norte da ilha.
Quanto a Chã das Caldeiras, apesar da não construção da adega definitiva, Filipe Santos apontou que foi investido 600 mil contos nas infra-estruturas, nomeadamente rodoviária desde Cova Tina até Campanas de Cima, no plano detalhado de Chã, na construção do complexo educativo, adega provisória, sede do parque natural e na preparação para o novo investimento.
“A ilha do Fogo é um autêntico estaleiro de obras”, destacou o deputado pelo círculo eleitoral da ilha do Fogo que se referiu ainda à requalificação do centro histórico da cidade de São Filipe e asfaltagem das artérias da zona alta, de entre outros.
Com relação ao aeródromo de São Filipe, o parlamentar observou que a sua iluminação é um compromisso e que neste momento está na fase final da realização de um estudo que vai determinar a sua iluminação para depois avançar com os trabalhos.
JR/ZS
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