São Filipe, 18 Jan (Inforpress) – Os instrumentos de gestão do município de Santa Catarina para o ano económico de 2021, plano de actividades e orçamento, aprovados na semana passada, não vão contribuir para o progresso do município tal é a pobreza dos mesmos.
Esta é a posição do candidato derrotado nas últimas eleições autárquicas, Eugénio Veiga, que procurou a comunicação social para manifestar a sua preocupação em relação aos instrumentos de gestão que foram aprovados a 12 de Janeiro na sessão ordinária da Assembleia Municipal com votos favoráveis do MpD e abstenção do PAICV.
“É a primeira vez que vi um instrumento de desenvolvimento de Santa Catarina depois da elevação à categoria de concelho e é uma pobreza de todo o tamanho”, disse Eugénio Veiga, explicando que no plano de actividades, em termos de documento, “não existe absolutamente nada e é perante este cenário que um município tão pobre como o é Santa Catarina com um instrumento sem visão a médio e longo prazos, sem metas e objectivos a tendência, em vez de progresso, será possivelmente retrocesso”.
Para o mesmo os instrumentos de gestão se apresentam com pobreza de conteúdo e não obedecendo os preceitos legais, observando que no contexto cabo-verdiano ter um orçamento inflacionado e um plano de actividades sem metas não quer dizer nada, porque o fundamental é ter um orçamento objectivo e este de Santa Catarina para 2021 não tem nada de objectividade, não obedeceu as leis, não trouxe nem mapas nem operação de tesouraria.
“Os responsáveis, ardilosamente inflacionaram as possibilidades de financiamento tendo-se considerado cerca de 45 mil contos como sendo receitas de outros e de ajudas financeiras quando a lei é clara e na feitura de orçamento as fontes de financiamento têm de ser precisadas”, disse a mesma fonte indicando que a situação esteve e continuará mal e nesta perspectiva Santa Catarina terá certamente um futuro cada vez mais sombrio.
O facto de a oposição ter optado pela abstenção na votação dos dois instrumentos, Eugénio Veiga, avança que a partir de agora não dará contribuição, nem voluntária nem a pedido dos eleitos do PAICV, na assembleia municipal de Santa Catarina.
Este afirmou que a clemência da oposição (PAICV) perante aquilo que chamou de “uma miséria e realidade gritante” em vez de se opor frontalmente com elementos concretos e objectivos a favor de desenvolvimento do município e bem-estar das pessoas, é uma aproximação à posição da situação em querendo dizer que a oposição não tem alternativa e visão para Santa Catarina que sairá tão prejudicado como no mandato anterior.
A Inforpress tentou ouvir a reacção do presidente da câmara de Santa Catarina sobre estes aspectos, mas não foi possível dado que o mesmo se encontra ausente da ilha.
JR/HF
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