São Filipe, 28 Jan (Inforpress) – O reforço dos serviços de radiologia e de laboratório de analises do hospital regional São Francisco de Assis são as prioridades da direcção deste estabelecimento hospitalar para o ano de 2020.
O director de São Francisco de Assis, Evandro Monteiro, disse à Inforpress que se está a trabalhar no reforço das duas áreas para as dotar de capacidade de diagnostico a nível de serviço público de saúde.
O responsável explicou que no serviço de radiologia o que se pretende é colocar em funcionamento o aparelho de mamografia que se encontra na ilha desde finais de Setembro e falta a efectiva instalação no hospital.
“É uma aposta do hospital, tendo em conta a gravidade e a necessidade de se estudar, aqui na ilha e na região, a patologia mamária”, disse o director de São Francisco, destacando também a sua importância em relação aos custos e aspectos sociais, uma vez que na ilha ainda não existe este aparelho.
Quando ao laboratório de analises, avançou que no quadro do projecto Belga aguarda-se para os primeiros meses deste ano a chegada de equipamentos de diagnostico com reagentes que irão resolver, quase que por completo, as dificuldades de diagnóstico, como por exemplo doenças coronárias agudas, enfartes e outras.
Com os equipamentos, prosseguiu, haverá a possibilidade de fazer diagnósticos com enzimas especificas e com maior precisão, por um lado, e por outro, vai permitir estudar a nível local algumas patologias, como a doença cardiovascular que se afigura como a segunda causa de morte no hospital regional.
“Acredito que nos próximos meses teremos os equipamentos, mas não os havendo o hospital, dentro das suas possibilidades, está em contacto com parceiros para poder ter esses exames complementares de diagnósticos, o mais tardar até mês de Abril”, disse Evandro Monteiro, advogando que não é difícil conseguir isso.
Por outro lado, disse que o hospital equaciona a possibilidade de criar uma sala de atendimento ao publico até final do ano, com área para consulta, estando neste momento a articular as com a estrutura central a sua concretização.
Do ponto de vista técnico, e no quadro do plano regional e nacional, o hospital está a equacionar o reforço de vinda de especialistas nas áreas que forem necessárias, estando a criar as condições para se diferenciar os estudos iniciais e, secundariamente, o tratamento cirúrgico nas áreas como neurologia, ortopedia e outras.
“Estamos a ver a possibilidade de se criar um serviço de ortopedia, que representa 40 por cento /%) das transferências de doentes para o hospital Agostinho Neto. E há uma dinâmica e vontade, inclusive dos responsáveis do Agostinho Neto, o nosso hospital de referência, em nos apoiar”, assegurou Evandro Monteiro, que avançou que há possibilidade de até mês de Março do hospital ter um ortopedista fixo.
Em 2019, lembrou o responsável, o hospital teve uma “boa performance”, sobretudo com os indicadores qualitativos de saúde.
O que se pretende agora é fazer cada vez mais, destacou o director do São Francisco de Assis, acrescentando que nos últimos três anos foram reduzidas as transferências de doentes para hospital central, de forma significativa, o que demonstra que a nível local está-se a criar condições para dar respostas cada vez complexa e multissectorial.
JR/JMV
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