São Filipe, 24 Mar (Inforpress) – O cabeça de lista da UCID pelo Fogo às eleições legislativas de Abril considerou hoje que a ilha “vai de mal a pior” e o Governo não assumiu as políticas que lhe permitiu crescer economicamente.
Pedro Ribeiro fez estas afirmações ao fazer o balanço da visita de dois dias que o presidente do partido, António Monteiro, realizou ao Fogo com objectivo de conhecer a real situação económico-social, apresentar os integrantes da lista e estabelecer contactos com população, empresas e instituições locais.
O candidato da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) para o círculo eleitoral do Fogo às eleições de 18 de Abril salientou que o “Governo demorou cinco anos a pensar e a estudar o país e a ilha, e, hoje de saída, realizou zero”.
Com relação à ilha, indicou que o executivo não concebeu e nem definiu uma política de transporte, nem de actratividade turística para alavancar a ilha e restaurar a confiança dos foguesnses, salientando que os sectores da agricultura e da pesca não mereceram incentivos e apoios necessários.
Para a UCID, numa situação de crise provocada pela pandemia da covid-19 em que o dinheiro não chega a economia, o chefe do Governo “continua a defraudar as expectativas” e “a mentir aos foguenses a cada fim-de-semana que vem passear à ilha, arrastando todo o elenco”, aquilo que Pedro Ribeiro considera ser um sinal de desrespeito do dinheiro público em momentos críticos como está acontecendo.
Para UCID a nível da ilha do Fogo as pessoas vivem na incerteza e dependentes dos emigrantes e à espera da “chamada” para possível emigração para os Estados Unidos da América.
Segundo o político, na ilha do Fogo o dinheiro não abunda e “pouco ou quase nenhuma acção do Governo” é sentida, com as “propaladas obras eleitoralistas” de asfaltagem da cidade ainda por acontecer, estando a urbe “embelezada de entulhos”.
Na conferência de imprensa realizada na cidade de São Filipe, o representante da UCID abordou ainda a questão do desemprego, a perda de quadros qualificados e a não preparação para o mercado de trabalho.
No dizer de Pedro Ribeiro, para a ilha do Fogo não há desenvolvimento e o Governo não soube dar oportunidades aos foguenses para lutar e resolver o “problema crónico” da ilha, a pobreza e a miséria, observando que a ilha continua sendo “um pesadelo vivo”.
Segundo a mesma fonte, os governantes devem entender que “para construir e desenvolver a ilha não é preciso chegar na sexta-feira e regressar aos domingos”, observando que a ilha do Fogo e o país não podem esperar.
O presidente da UCID, António Monteiro, que tencionava deslocar-se à ilha Brava, voltou a ficar mais uma vez retido no Fogo, tendo regressado hoje à Cidade da Praia via marítima.
JR/CP
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