São Filipe, 05 Jan (Inforpress) – A paridade não é uma reivindicação apenas das mulheres mas uma reivindicação das sociedades actuais e das melhores democracias, considera o deputado da nação Luís Alves.
Este parlamentar, na qualidade de ponto focal da Rede Mulheres Parlamentares Cabo-verdianas (RMPCV), que promove encontros descentralizados de auscultação da sociedade e recolha de subsídios para melhoria da proposta de lei de paridade, disse que existe avanços na sua elaboração, mas que a rede quer recolher subsídios para ter mais imputes a essa lei, segundo o mesmo, tem muitas coisas boas.
“Com a socialização, a nível nacional, pretende-se trazer mais detalhes à sociedade civil, recolher subsídios dos agentes comunitários, políticos e agentes culturais para a melhoria do projecto de propostas de lei que ainda está numa fase muito inicial”, disse o ponto focal.
Luís Alves indicou que a rede parlamentar espera, com apoio das Nações Unidas e do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), estabelecer o limite da paridade entre os 40 a 60 por cento (%), à semelhança daquilo que é prática nas melhores democracias do mundo.
Segundo o parlamentar, em Cabo Verde há partidos políticos que já têm organizações de mulheres, há quotas em alguns partidos políticos, observando que o que se pretende agora é a nível do Parlamento ter uma lei que coloque o limite da paridade dentro daquilo que é prática internacional.
Por se tratar de uma coisa nova em Cabo Verde, adianta, entendeu-se fazer toda essa discussão e ouvir o que a sociedade civil pensa sobre os prós e contra, para poder encontrar o melhor equilíbrio possível na legislação.
“A paridade não uma luta só das mulheres mas de toda a comunidade nacional e internacional e da própria democracia”, disse o ponto focal, após a socialização da lei de paridade em São Filipe, ocorrida no final da tarde de sexta-feira.
Depois de São Filipe, a RMPCV socializa este sábado a proposta de lei com a sociedade civil dos municípios dos Mosteiros (período de manhã) e Santa Catarina do Fogo (período da tarde).
A socialização da lei de paridade é organizada pela RMPCV, em parceria com o Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), com assistência técnica da ONU Mulheres e do PNUD.
JR/JMV
Inforpress/Fim