Fogo: “A era da desorganização e da imprevisibilidade das rotas terminou com o governo do MpD” – Filipe Santos

São Filipe, 30 Ago (Inforpress) – O presidente da Região Política do Fogo do Movimento para a Democracia (MpD- poder), Filipe Santos, disse hoje, em São Filipe, que a era da “desorganização e da imprevisibilidade” das rotas dos transportes terminou com o governo do MpD.

O líder regional do MpD reagia em conferência de imprensa às declarações do presidente da Comissão Política Regional do PAICV do Fogo, que considerou haver “uma falta de vontade gritante” do Governo na resolução dos problemas fundamentais, sobretudo na área dos transportes aéreo e marítimo.

“Hoje temos meios de transportes marítimos de forma previsível, regular e segura pese embora alguma perturbação nas ligações devido às avarias”, afirmou.

Filipe Santos disse que os dados da empresa que administra os portos referentes ao primeiro semestre de 2022 dão conta de 335 movimentações de navios no porto de Vale dos Cavaleiros, um aumento de 11 por cento (%), com um total de 28.980 passageiros e 52.542 toneladas de mercadorias, representando um aumento de 45,9% e 14%, respectivamente.

Em termos de transportes aéreos, o também deputado nacional sublinhou que há neste momento 10 ligações semanais.

Para o MpD a conferência de imprensa do PAICV – Fogo “foi precipitada” e baseada “no ódio e na guerra, comportando-se como se estivesse todos os dias em campanha político-partidário”.

Com relação à visita do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças à ilha, Filipe Santos classificou-a como “extraordinária” tendo “ultrapassado as enormes expectativas” dos operadores económicos, contrariando as afirmações do PAICV.

“O plano de retoma e prioridades de investimentos estruturantes, contactos directos com diferentes esferas da sociedade foram instrumentos-base da visita do vice-primeiro-ministro”, asseverou o presidente da Região Política do Fogo do MpD.

Filipe Santos sublinhou que os empresários reconheceram e elogiaram o governo pelas medidas de políticas durante a pandemia e para alavancagem do sector privado, cujos “impactos são mensuráveis no crescimento e desenvolvimento da ilha”.

O líder regional do MpD referiu que o Governo, independentemente da cor política das câmaras, continua a primar pelas boas relações, porque, explicou, não vê as câmaras como rivais, mas sim parceiros e que quem fala de descriminação em razão da cor política faz de uma forma “leviana e por puro populismo”.

O posicionamento do PAICV, no dizer de Filipe Santos visa desviar a atenção das pessoas menos atentas quanto ao fracasso do desempenho das câmaras de São Filipe e de Mosteiros, lideradas por esse partido.

O líder regional do MpD apela aos autarcas do PAICV para evitarem os atritos político-partidários, sobretudo neste contexto de dificuldades onde é exigido “um pacto de regime” para encontrar melhores soluções para ultrapassar o impacto das crises, tornando a ilha mais atractiva, de oportunidades que se ampliam e valorizando as potencialidades económicas.

Filipe Santos referiu ainda aos projectos estruturantes para alavancar a ilha, nomeadamente a criação da Zona Económica Especial de Vulcanologia, que deverá ser apreciada no Parlamento no próximo mês de Outubro e que contempla vários programas.

A conectividade com o país e o mundo, infraestruturação turística, portuária, aeroportuária e rodoviárias, desenvolvimento empresarial e do sector privado, promoção de investimento dos emigrantes e estrangeiros na ilha em busca de mercado, capital, conhecimento e tecnologias são os programas previsto no quadro da criação da zona especial.

“Os deputados do MpD têm voz e vez junto do seu partido e do governo (…) e querem antes que todos os compromissos assumidos para com a ilha sejam realizados”, referiu Filipe Santos, acrescentando que estiveram, estão e continuarão a estar na linha da frente da defesa dos interesses da ilha.

Para o dirigente do MpD, a CRP do PAICV Fogo perdeu uma boa oportunidade de aconselhar aos seus deputados para fazerem um melhor trabalho em prol da ilha e que se juntem aos deputados da situação num verdadeiro ‘djunta mon’ (união) a favor do desenvolvimento do Fogo.

JR/CP

Inforpress/Fim

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