Assomada, 19 Nov (Inforpress) – O jovem artista Apollo G regressou cinco anos depois ao palco do Festival de Nha Santa Catarina, na manhã de hoje, e voltou a sacudir o público no último dia do certame, que terminou depois das 09:00.
Para além do concerto deste jovem, na manhã de hoje, considerado o “mais aguardado” do cartaz, destacaram-se também no segundo e último dia do festival as duas únicas mulheres do cartaz, a estreante Yasmine, e Gama, e também os conhecidos dos festivaleiros Buguin Martins, Loony Johnson e Tony Fika.
À semelhança do primeiro, o segundo dia do festival musical, destaque das festividades do dia da santa padroeira Santa Catarina e do Município, que comemora 189 anos no próximo dia 25 de Novembro, foi marcado por um “pequeno atraso”, tendo começado depois da meia-noite com animação musical dos Deejay (DJ) e actuação dos artistas locais Lizone Veiga, Boston, Fidjus de RB e Edmira Gonçalves.
Contrariamente ao primeiro dia, o estádio de Cumbém, em Assomada, esteve lotado do início até ao fim do segundo e último dia do festival, que coube aos Fidjus de Code di Dona encerrar ao som do fenómeno “cotxi pó”.
De entre os artistas do cartaz, coube ao Bedja KP abrir o palco ao som do fenómeno “cotxi pó”, que com suas danças animou os festivaleiros, sobretudo o público feminino que aguardava o artista foguense Buguin Martins. Este levou o seu público ao delírio ao som das músicas “Bu falta”, “Perdoan”, “Dja dura”, “Nha mujer” e 1001 X, estas duas do seu próximo álbum “Encanto”, que estará disponível em todas as plataformas digitais a partir de Dezembro próximo.
Buguin, que disse que gosta de estar em Assomada, cantou, encantou e fez emocionar a “mulherada”, que sabia “de cor” todas as letras das músicas.
O cantor terminou a sua actuação depois das 02:00 ao som da música “Bu ka xinti”, que também faz parte do seu terceiro álbum “Encanto”.
Depois seguiu-se Yasmine, que pisa pela primeira vez o palco do Festival Nha Santa Catarina, tendo ficado surpreendida com o carinho do público que sabia “de cor” todas letras da música que cantou, como “Batom”, “Esquece o mundo”, “Solteiros”, “Perfume” e “Tayanna”, música que escreveu para a sua filha com mesmo nome.
A artista nascida em Portugal, filha de pais guineenses, avós cabo-verdianos e libaneses, que adoptou os estilos kizomba e zouk em sua música, e que era uma das duas artistas mulheres do cartaz, anunciou o lançamento do single “Preta” em parceria com a cantora cabo-verdiana Neyna, para próxima quinta-feira.
Questionada sobre a pouca presença das artistas mulheres nos cartazes dos festivais em Cabo Verde, sendo no de Nha Santa Catarina 2023, apenas três mulheres, ela, Neyna e Gama, defendeu que deveria ter muito mais, notando que as que actuaram representaram muito bem as vozes femininas e de forma incrível.
Numa noite que não fez muito frio, os festivaleiros não “arredaram o pé” e esperavam ansiosamente os artistas anunciados pelos MC Euclides e Neguinho.
Loony Johnson, também uma das atrações da noite, que já esteve outras vezes neste festival, subiu ao palco às 03:48 e apresentou um alinhamento com músicas dos seus trabalhos, aliás, todas conhecidas do grande público.
O jovem artista e produtor, ao som de “Nas calmas”, “Unde da ki panha” e “Lua” e entre outros temas do novo álbum, cantou, encantou e fez o público tirar o pé do chão ao som “afro-house”.
Depois subiu ao palco, o artista foguense radicado nos Estados Unidos da América Kinzim, que de entre as músicas fez “ecoar” o recinto ao cantar “Princesa”, tendo sido sucedido pela segunda mulher do cartaz oficial Gama, que relembrou os seus sucessos como “Tentação”, e novas como “Tenta”, num repertório marcado por funaná e zouk.
Quem também era um dos artistas “mais aguardados” da noite” foi Tony Fika, que com “casa cheia” entrou depois das 07:00, para mais uma vez encantar e levar o “grande público”, que o conhece, ao delírio, com um repertório marcado por funaná e zouk.
Não há duvidas de que um dos pontos mais altos do Festival Nha Santa Catarina aconteceu, quando foi anunciado o artista “mais aguardado”, Apollo G, que foi recebido aos gritos pelo público, sobretudo jovens quer masculino quer feminino, depois das 08:00.
Apollo G, além de encantar ao pisar pela segunda vez este palco, depois de cinco anos, fez o público cantar todas as músicas e os levou à loucura durante todo o concerto, num momento marcado pelas suas performances “únicas” e com presença de dançarinos no palco, em que os festivaleiros interagiram e participaram fazendo shows à parte.
O jovem artista, que teve no seu alinhamento “Tempo antigo”, “Bem di baixo”, “Si ki sta” e entre outros, entregou o palco aos Fidjus de Codé di Dona com recinto lotado de festivaleiros e encerraram o segundo e último dia do Festival Nha Santa Catarina ao som do fenómeno “cotxi pó” depois das 09:30.
Para assinalar as festividades da santa padroeira desse município do interior de Santiago, foi programado um leque de actividades culturais, desportivas que arrancaram desde o início de Novembro, e ainda inaugurações.
As festividades, que este ano se comemoram sob o lema “Nu sta djunto pa Santa Catarina” (Estamos juntos por Santa Catarina, em português), terão o seu ponto alto no dia 25, com uma procissão e missa em honra da santa padroeira, na Igreja Matriz com mesmo nome, em Cabeça Carreira.
FM/ZS
Inforpress/Fim