Bissau, 31 Out (Inforpress) – A estrela da música senegalesa Youssou Ndour reuniu-se, em Bissau, com o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo, a quem transmitiu o seu envolvimento com uma empresa da área do ambiente que quer desenvolver projetos na Guiné-Bissau.
Youssou Ndour, o mais conhecido cantor do Senegal e que já foi candidato à presidência do país, foi recebido por Sissoco Embalo no quadro de uma visita que a empresa Carbon Capture Ltd efetua à Guiné-Bissau.
O cantor é o embaixador da empresa baseada em Singapura, mas que pretende agora desenvolver atividades na Guiné-Bissau.
Acompanhado do diretor executivo da Carbon Capture Ltd, Ousmane Dieng, a estrela da música senegalesa disse aos jornalistas ter aproveitado a audiência com o Presidente da Guiné-Bissau também “para visitar um amigo de longa data”.
“Vim visitar o Presidente da República em dupla qualidade, porque é uma pessoa que conheço antes mesmo de ser Presidente, um amigo de longa data, vim fazer-lhe uma visita e ver o que ele está a fazer por este belo país que é a Guiné-Bissau”, observou Youssou Ndour.
O diretor executivo de desenvolvimento de negócios da Carbon Capture Ltd explicou que a audiência com Umaro Sissoco Embalo serviu para troca de informações e identificar em que medida a empresa poderá financiar projetos na Guiné-Bissau.
Ousmane Dieng adiantou que nos próximos dias irá visitar algumas comunidades em três ou quatro regiões da Guiné-Bissau para encontrar projetos que “poderão influenciar diretamente” a vida das pessoas.
Dieng sublinhou que todo o trabalho que a sua empresa irá desenvolver será em coordenação com o Governo da Guiné-Bissau.
De acordo com o antigo ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Cassamá, a Guiné-Bissau, considerado país com emissão residual de gases de efeito estufa, tem como meta reduzir, até 2030, em 30% as emissões produzidas pelos setores da floresta, agricultura, solos energia e resíduos.
O crédito do carbono para comercialização é gerado a partir de projetos como a reflorestação, uso sustentável do solo, adoção de sistemas agroflorestais, mudança de matriz energética e uma boa gestão de resíduos.
Qualquer empresa com projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa enquadradas naquelas metodologias pode gerar e comercializar créditos do carbono, mas desde que tenha a aprovação do Governo do país e das Nações Unidas.
Inforpress/Lusa
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