Encontro internacional assinala 50º aniversário do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal

Tarrafal, 02 Mai (Inforpress) – Cabo Verde vai acolher a 01 de Maio de 2024 um encontro internacional para a assinalar o 50º aniversário do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal, anunciou hoje a directora dos Museus, Aleida Aguiar.

A responsável falava à imprensa, à margem de uma “conversa aberta” entre ex-presos políticos e combatentes da liberdade da pátria e alunos do 10º e 11º anos das escolas secundárias do agrupamento I e II do Tarrafal, na ilha de Santiago.

O evento foi realizado pelo Instituto do Património Cultural (IPC), no âmbito do 49° aniversário do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal, assinalado na segunda-feira, 01, e que teve como palco o também Museu da Resistência do Tarrafal, situado na localidade de Chão Bom.

“Estamos a preparar um encontro técnico-científico internacional que irá acontecer no próximo ano em comemoração do 50º aniversário do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal”, disse Aleida Aguiar, adiantando que este evento vai contar com a presença de todas as nacionalidades que tiveram presos políticos.

Segundo a directora dos Museus, este encontro vai discutir a temática ligada à resistência e à liberdade, e servirá de pontapé de partida para relançar a futura candidatura do ex-campo de concentração do Tarrafal a património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

“O processo da candidatura do ex-campo de concentração do Tarrafal a património mundial da UNESCO neste momento está parado, porque o Comité do Património Mundial suspendeu as candidaturas ligadas às memórias de repressão. De momento, estamos a aguardar pela deliberação da futura candidatura”, explicou.

Adiantou, no entanto, que o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do IPC tem estado a promover acções que visam ajudar futuramente este processo de candidatura quando for aberta as candidaturas ligadas às memórias de repressão da UNESCO.

De entre as actividades, apontou acções de sensibilização nas comunidades, reabilitação de todo complexo prisional e ainda o encontro internacional para assinalar 50º aniversário do encerramento do campo de concentração, espaço que durante 38 anos encarcerou presos políticos portugueses, angolanos, guineenses e cabo-verdianos.

FM/CP
Inforpress/Fim

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